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Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
04/10/2022 às 16:12, atualizado em 09/05/2024 às 09:31
Os depósitos foram desmontados pelo programa GDF Presente. Plantação de mudas e instalação de equipamentos públicos são as estratégias para coibir novos descartes
Brasília, 1º de setembro de 2022 – Durante muitos anos foi comum que toda segunda-feira toneladas de lixo e de entulho fossem retiradas por caminhões dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) em uma área de 15 mil metros quadrados, no Polo de Cinema, em Sobradinho. Conhecida popularmente como “Lixão de Sobradinho”, a área de descarte irregular foi desativada no início de 2022 em uma iniciativa do GDF Presente.
Desde 2019, o programa de zeladoria feito em parceria com as administrações regionais e outros órgãos do governo, como o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), desativou 34 locais usados para despejo de inservíveis em todo o Distrito Federal. Planaltina, Sobradinho, Guará, Ceilândia, Gama, Recanto das Emas, Taguatinga, Riacho Fundo II, Jardim Botânico e Samambaia são as regiões administrativas onde foram feitas desativações.
“Temos uma preocupação muito grande em relação ao descarte de lixo e inservíveis. É um trabalho muito forte em que o governo vem atuando. Temos pontos que foram revitalizados com plantio de árvores regionais”, afirma o subsecretário de Desenvolvimento Regional e Operações nas Cidades da Secretaria Executiva das Cidades, da Secretaria de Governo, Flávio Araújo.
Antes um lixão a céu aberto, o trecho no Polo de Cinema se tornou um bosque com mudas de ipês e árvores nativas do cerrado cedidas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). “Era uma área muito grande e havia essa demanda tinha mais de 15 anos. Fizemos essa articulação para desativar o lixão, tratar a área devastada e plantar as diversas mudas nativas do cerrado”, comenta o administrador de Sobradinho, Abílio Castro.
A presença da plantação inibe que moradores utilizem o espaço para descarregar restos de lixo, obras, entre outros. Na ação de desativação foram retiradas 9 mil toneladas. “Todo mundo chegava e jogava entulhos. Tinha até cachorro morto. Foi uma luta até conseguir fazer um bosque ali. Eram caminhões e caminhões retirando lixo. Mas, quando os caminhões saíam, a população descartava (lixo) de novo lá”, lembra o mecânico José Benício da Silva, que trabalha em um condomínio próximo à região.
Por esse motivo, ele diz que a iniciativa é importante. “O governo fez o trabalho dele, mas o problema é que a população não se conscientiza que tem lugar certo para descartar entulhos e lixo. Acham mais fácil chegar com o carro, jogar o lixo e ir embora, e quem paga é quem mora aqui”, acrescenta.
Morador de Sobradinho II desde 1979, o pedreiro Ivo Araújo comemorou a criação do bosque. Antes do local se tornar um lixão, ele se recorda de ter jogado bola no espaço. “Era um campo de futebol e foi se tornando um lixão. Era muito ruim”, conta. “(Hoje) Não tem mais lixo, acabou. Plantaram os ipês e umas árvores e ficou bem melhor. Está tudo limpinho. Também colocaram manilhas beirando para o pessoal não jogar lixo. Ficou muito bom”, completa.
Para evitar novos espaços de descarte ilegal, a administração de Sobradinho vai lançar dois pontos de recolhimento de entulho na Quadra 10 e na saída da BR-020. “Esses dois pontos fazem parte de uma política educacional ambiental do governo. Vamos receber diariamente uma certa quantidade de entulho e o SLU vai recolher de três em três dias. Além disso, vamos fazer uma campanha educativa de orientação aos moradores”, adianta o administrador Abílio Castro.
Área de esporte e lazer
Outra região que teve um lixão desativado pelo programa foi o Riacho Fundo II. Por muito tempo, uma área aberta na QN 34 foi utilizada para descarte. Lixo e entulho se acumulavam na região que hoje dá espaço a um campo de grama sintético e uma quadra de areia.
“Era um lixão a céu aberto histórico, onde tinha muita incidência de dengue e de outras doenças. Conseguimos a desapropriação da área e a criação da primeira praça de esporte do Riacho Fundo II”, conta o administrador do Riacho Fundo II, Rafael Rodrigues Mazzaro.
Acabar com a área irregular demandou muita conversa do governo com a população. “Nossa luta começou muitos anos atrás. Quando tivemos a apropriação dos carroceiros aqui. Com muito jeito e conversa, conseguimos tirar as baias que ocupavam com o lixão. Hoje é uma área modelo para a cidade. É utilizada pelos jovens e pela população na área do esporte”, revela.
A administração do Riacho Fundo II também busca alternativas para que a população tenha locais de descarte legal. “Temos alguns papa-lixos instalados no Caub I e Caub II, que ajudaram na conscientização. Mas estamos falando de lixo residual. Nosso problema é entulho. Precisamos de um papa-entulho. Por enquanto temos um lugar provisório dentro da nossa Diretoria de Obras. É um descarte temporário”, comenta Mazzaro.
Trabalho diário
Além da desativação de áreas irregulares, diariamente, o governo faz o recolhimento de entulhos e lixos despejados pela cidade. O objetivo é manter a capital federal limpa.
“Todos os dias temos que fazer esse serviço. Nós tiramos hoje (pela manhã); quando já é tarde, tem lixo novamente. Somos nós tirando e o pessoal jogando”, explica o apontador do SLU, Wilson Luiz Souza. “As pessoas trazem para cá porque querem economizar. Onde tem cerrado, eles jogam. Isso prejudica todo mundo”, avalia.
Em uma ação no Setor de Clubes Sul, em apenas algumas horas, a equipe já havia retirado quatro caminhões lotados de entulho e ainda haviam vários inservíveis para serem destinados aos aterros na Estrutural e em Samambaia. Semanalmente, são retirados mais de 50 caminhões.