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04/10/2022 às 14:39, atualizado em 06/10/2022 às 18:12
Obras de reforço estrutural, recuperação e pintura dos viadutos estão sendo feitas desde outubro de 2020. Primeira etapa já foi concluída no Eixão Norte
Brasília, 18 de agosto de 2022 – Um dos símbolos do projeto urbanístico de Lucio Costa, as tesourinhas do Plano Piloto – que na visão de seu criador têm a forma de borboletas –, estão passando por reformas desde outubro de 2020. As obras de recuperação dessas vias vitais para a mobilidade da cidade foram motivadas pela queda do viaduto do Eixão Sul, na área central de Brasília, em fevereiro de 2018. O valor do investimento para a recuperação das tesourinhas da Asa Norte – já revigoradas –, e da Asa Sul é de R$ 20 milhões.
“Com a queda do viaduto, o governo recebeu a missão de fazer a recuperação de todas as vias do gênero com problemas no Distrito Federal e estamos cumprindo essa etapa com as obras das tesourinhas”, explica Carlos Alberto Spies, chefe do Departamento de Edificações da Novacap. “O concreto não avisa, dá um estalo dez minutos antes da queda e pronto, por isso que tem que fazer, constantemente, a vistoria dessas vias”, continua.
Em cada uma das 16 entrequadras que cortam os quase 15 km do Eixão Sul e Norte, há um conjunto com duas tesourinhas. Desde outubro de 2020 que todas elas vêm passando por reforço estrutural, recuperação e pintura. A primeira etapa dessa obra foi realizada nas tesourinhas do Eixão Norte, entre outubro de 2020 a outubro de 2021.
[Olho texto=” “As obras causam transtornos para moradores e comércio, mas são necessárias de serem feitas o mais rápido possível”” assinatura=”Carlos Alberto Spies, engenheiro da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”]
Nas da Asa Sul, os tijolos de cor laranja serão removidos – conforme aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) –, dando lugar ao concreto aparente, que será o padrão de todas as tesourinhas. “Infelizmente, não teve como recompor os azulejos da época da construção. Hoje eles teriam que ser fabricados especificamente para essa obra, o que ficaria muito caro”, explica o engenheiro da Novacap, Carlos Alberto Spies.
No Eixão Sul, as obras já foram finalizadas em quatro entrequadras, as da 103/104, 107/108, 111/112 e 115/116. No momento, as intervenções ocorrem nas entrequadras da 101/102 e 109/110, com cerca de 30 homens fazendo a remoção de toda cobertura das paredes, para detectar os problemas internos, como infiltração, parte de aço degradado, restituição da argamassa que se degradou.
Mais segurança e fluidez
Depois segue para a etapa de finalização, com a aplicação de impermeabilizante de alta resistência das paredes e, por fim, a pintura antipichação. A previsão é de que tudo fique terminado em 120 dias. “São serviços que vão trazer uma segurança desses viadutos por pelo menos mais 50 anos”, garante Carlos Alberto, da Novacap. “As obras causam transtornos para moradores e comércio, mas são necessárias de serem feitas o mais rápido possível”, defende.
Proprietário de uma distribuidora de bebidas na comercial da 203 Sul, próximo à entrequadra da 103/104, Francisco Gurgel, 68 anos, acompanhou a reforma dos viadutos da tesourinha com atenção. Com 50 anos de Brasília, como todo morador da cidade, sabe da importância de manter intactos os patrimônios locais. Não apenas por uma questão estética, mas também de segurança. “São monumentos que embelezam a cidade e ajudam na circulação dos carros, então precisam passar por vistoria sempre”, diz.
Atualmente morador do Lago Norte, o aposentado Antônio Fernando, 68 anos, já morou no Plano Piloto por muito tempo e ainda circula bastante pelo local, sem saber contar a quantidade de vezes que entra e sai das entrequadras do Eixão Sul e Norte. Sentiu a diferença. “Melhorou bastante, estão mais limpas e o fluxo de carro está mais rápido porque nivelaram os bueiros”, avalia. “É um serviço necessário até pela nossa segurança”, completa.
Para a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, as tesourinhas do Eixão Norte e Sul fazem parte do dia a dia de quem passa pelo local e precisam estar sempre em bom estado. “As obras trazem não só a eliminação desses riscos, mas também melhor fluidez ao trânsito”, observa. “As tesourinhas são um símbolo da nossa cidade, da nossa arquitetura e planejamento urbano. É pela população ter orgulho delas que precisamos cuidar com todo carinho”, emenda.