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04/10/2022 às 17:08, atualizado em 10/10/2022 às 11:56
Medida está entre as ações planejadas para aumentar o bem-estar dos animais, principalmente no período da seca
Brasília, 16 de setembro de 2022 – O que você mais gostaria num desses dias de muito calor? Além de sombra e água fresca, se o seu desejo passa por um picolé, ele está de acordo com o que tem sido oferecido aos animais do Zoo de Brasília. Em manhãs de sol forte e umidade do ar na casa dos 10%, elefantes, hipopótamos, rinocerontes, onças e gatos selvagens estão recebendo tratamento diferenciado – tudo para aliviar o calorão.
A Agência Brasília acompanhou a distribuição dos gelados a alguns desses bichos, uma das diversas ações programadas promovidas pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília que servem de enriquecimento ambiental para espantar o calor que até os humanos têm dificuldade de lidar.
Mas não pense que os picolés distribuídos aos bichos são como os consumidos por humanos. Sem adição de açúcar artificial, eles seguem uma orientação nutricional equilibrada com ingredientes atraentes a cada espécie. Aos herbívoros, como os hipopótamos, são congeladas frutas como melancias, bananas e maçãs, seja na água ou em meio a um suco natural de algum desses ingredientes. Para os felinos como as onças pardas e pintadas, o picolé vem misturado ao sangue de carne bovina, ossos e pedaços de carne, como pés de galinha.
O Zoo de Brasília segue um cronograma de atividades para ambientalizar os bichos e deixá-los em condições agradáveis em cativeiro. São quase mil animais criados pela fundação. Além de ações pontuais como os picolés, há aspersores nos recintos das espécies que soltam água em horários mais quentes do dia. Para rinocerontes e elefantes são criados lameiros onde eles se divertem e se refrescam, criando uma tipo de protetor solar natural para suas peles.
De acordo com o supervisor de Condicionamento e Bem-Estar Animal do Zoo, Bryam Amorim, todas essas ações têm também caráter preventivo. “Além de aumentar o dinamismo do ambiente, melhora o bem-estar dos animais, cria possibilidades de interação deles com esses elementos, refresca o calor e previne doenças que poderiam surgir nesses períodos de dias muito quentes”, explica.
A estudante Léa dos Santos, 22 anos, costuma ir ao Zoológico de Brasília uma vez por ano para levar os sobrinhos. Ao acompanhar os bichinhos sendo alimentados com picolés, ela elogiou a sensibilidade dos tratadores. “Além de refrescá-los de alguma maneira desse calor absurdo de Brasília, acredito que se torna algo divertido para eles”, comenta. A ação está programada para se repetir nas semanas seguintes de setembro.?