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07/10/2022 às 17:44
Atividade promovida pela Emater faz parte da programação da Semana do Produtor da região administrativa
Produtores rurais que querem desenvolver a meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão) em suas propriedades participaram, nesta sexta-feira (7), de um curso realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A atividade ocorreu na Chácara Recanto Pé da Serra e fez parte da programação da Semana do Produtor Rural de Sobradinho.
O curso, voltado para iniciantes, foi ministrado pelos extensionistas Edilson Amaral e Fábio Costa. O conteúdo apresentou as espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF, as características de cada uma, a importância biológica e econômica das abelhas, como montar e onde instalar iscas, as características das colmeias, entre outros temas.
A proprietária da chácara, Silvana Seixas Fernandes, atualmente tem como atividade a bovinocultura e o aluguel do espaço para eventos. “Quero iniciar a atividade pelo ambiente ser propício, com parque e área de preservação próximos. As abelhas contribuiriam para o pomar, flores e até mesmo para a renda na propriedade”, conta Silvana.
Já o jovem Júlio César Viana, 15 anos, já desenvolve a atividade há dois anos como hobby, além do futebol. “Conheci a meliponicultura com uma palestra de um produtor na escola, na feira de ciências, e me interessei. Hoje tenho umas 12 caixas que gosto de cuidar quando não estou na escola ou no futebol. Inclusive eu vendo iscas e caixas para ajudar a comprar chuteira ou pagar alguma viagem para jogar”, conta.
Meliponicultura
Uma alternativa à abelha melífera são as abelhas nativas sem ferrão, como os meliponíneos. Essas abelhas são mais eficientes polinizadoras do que a exótica Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas.
Na região do Lago Norte, um grupo de produtores vem investindo na criação de abelhas indígenas sem ferrão como alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas com ferrão.
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Além de a abelha indígena ter maior potencial como agente polinizador das flores que não são polinizadas pelas abelhas com ferrão, a espécie não é agressiva, o que facilita seu manejo. A Jataí (Tetragonisca angustula) produz um mel com maior umidade, menos denso, com sabor e aroma diferentes.
A produtividade das abelhas Jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelha por ano, quantidade baixa se comparada à produção da abelha com ferrão. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 45 o quilo, o das abelhas nativas varia de R$ 60 a R$ 120 o quilo.
*Com informações da Emater