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12/10/2022 às 09:40, atualizado em 12/10/2022 às 10:29
Secretaria de Turismo mapeou as principais propriedades rurais, cachoeiras e trilhas, além de grandes eventos de produção rural e gastronômica, festejos tradicionais e religiosos; miniguia está disponível on-line
Aos 89 anos, completados em 5 de junho deste ano, Brazlândia é um polo turístico. A cidade oferece opções de lazer e entretenimento para todos os gostos, desde ecoturismo e turismo de aventura, com mais de 100 cachoeiras, a grandes eventos gastronômicos e religiosos.
Em novembro de 2021, a Secretaria de Turismo (Setur) incluiu a região administrativa na Coleção de Rotas Brasília, ao lado de Planaltina e Ceilândia, por meio do programa Turismo em Ação. O miniguia pode ser acessado no site da Setur e reúne 14 pontos turísticos representativos da cidade.
“Quando olhamos para uma região desta forma, estamos estruturando a cidade no setor hoteleiro, dos restaurantes, de serviços executivos. É uma oportunidade de melhoria para o morador local. Em Brazlândia, temos muitas trilhas, templos e eventos que saúdam a produção agrícola dos moradores”, explica o secretário-executivo de Turismo, Gustavo Assis.
[Olho texto=”Responsável por 60% da produção agrícola do DF, a cidade conquista os visitantes com eventos tradicionais, como as festas da Goiaba e do Morango e a Folia do Divino” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Natureza
A cerca de 50 quilômetros de Brasília, é possível encontrar verdadeiros tesouros ecológicos. Isso porque Brazlândia, que tem apenas 7% de área urbana, reúne mais de 100 cachoeiras, trilhas, cordilheiras e propriedades rurais capazes de conquistar todos os tipos de visitantes.
A rota turística da cidade selecionou as trilhas do Capão da Onça e cachoeiras da nova área do Parque Nacional de Brasília, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Cafuringa – Ribeirão Cupins-Mumunhas, no Poço Azul; Ribeirão Dois Irmãos, na Chapada Imperial e na Fazenda Barra do Dia; Rio da Palma e seus córregos, além das trilhas Bica de Lata e Geladeira e o Bosque dos Eucaliptos e Samambaias, na Floresta Nacional de Brasília (Flona).
A advogada Maria Célia Costa, 40 anos, conhece bem os caminhos em meio à natureza em Brazlândia. Para ela, as melhores trilhas e cachoeiras estão no Poço Azul. “É uma experiência desafiadora para o corpo, pois as trilhas contam com pequenas escaladas, subidas e descidas e várias travessias. As primeiras cachoeiras são acessíveis e, inclusive, têm espaços para descanso e contemplação da natureza ao som da água”, afirma. “É o meu refúgio, meu esconderijo. Vou para lá uma vez por semana ou a cada 15 dias, nem que seja para dar um simples mergulho”,
Apaixonada por ecoturismo, Maria Célia faz questão de divulgar o potencial de Brazlândia. “As pessoas costumam pensar que Brazlândia se resume apenas à Festa do Morango, mas, na verdade, conta também com turismo de aventura, com cachoeiras e um rico meio ambiente que dá para se usufruir de forma consciente, preservando a natureza”, pontua.[Olho texto=”Para os fiéis, outro destaque é o Santuário Arquidiocesano Menino Jesus, segundo maior templo católico do Brasil” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Tradição
Responsável por 60% da produção agrícola do DF, a cidade conquista os visitantes com festas tradicionais. Em abril, ocorre a Festa da Goiaba, enquanto entre o fim de agosto e o começo de setembro é a vez da Festa do Morango. Nas duas ocasiões, há uma gama variada de produtos feitos com base nas duas frutas, como geleias, compotas, doces, cervejas e itens estéticos, além dos alimentos in natura.
Este ano foi a primeira vez que a balconista Leticia do Espirito Santo, 23 anos, participou da festança. Nascida no Maranhão, ela se mudou para Brazlândia em 2020 com a família. “Fui com meu esposo e a minha filha e aproveitamos demais. Comi de tudo e ainda levei para casa, pois é tudo de qualidade. Ano que vem já quero ir de novo”, diz a jovem.
Há ainda a Folia do Divino, na qual se misturam cultos religiosos e festejos profanos. O encontro é realizado na última semana de julho desde a década de 1930, quando a cidade foi criada. A folia é formada por momentos de reza, dança e cantoria, encerrando com uma missa campal, venda de comidas, bebidas e lembrancinhas da festa.
Para os fiéis, outro destaque é o Santuário Arquidiocesano Menino Jesus, segundo maior templo católico do Brasil. A construção foi motivada pela chegada a Brazlândia da obra de arte Imagem Peregrina do Menino Jesus, em 1972.
O templo impressiona em números e beleza: com capacidade para 15 mil pessoas, a estrutura tem seis pavimentos, três torres e uma cúpula com 33 metros de altura. Há ainda a escultura da Sagrada Família no altar e vitrais que iluminam o interior da igreja.
[Olho texto=”“Brazlândia é uma das cidades mais culturais e turísticas de Brasília. Com a Casa do Turismo, queremos estruturar mais atrações e impulsionar o artesanato da cidade, servindo como local de venda para esses empreendedores, além de tirar dúvidas dos turistas”” assinatura=”Valdeci Duarte, gerente de Cultura da administração regional” esquerda_direita_centro=”direita”]
A aposentada Maria de Lurdes Ferreira, 73, frequenta o santuário há mais de 50 anos e percebe o valor histórico e turístico do espaço. “É um local sagrado. As pessoas gostam de vir e conhecer, principalmente aquelas mais religiosas. Aos fins de semana, muitos saem de suas casas e vêm celebrar a missa conosco. Minhas duas filhas, que moram em Águas Claras, fazem isso”, conta.
Outras opções
A seleção turística de Brazlândia é composta ainda pelo Lago Veredinha, o Parque Veredinha, as atividades de artesanato e a Casa do Turismo. A última foi inaugurada em abril de 2021 para consolidar a cidade como um ponto multicultural. O espaço abriga um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e expõe, de modo permanente, fotografias históricas e peças de artesanato produzidas por moradores.
“Brazlândia é uma das cidades mais culturais e turísticas de Brasília. Com a Casa do Turismo, queremos estruturar mais atrações e impulsionar o artesanato da cidade, servindo como local de venda para esses empreendedores, além de tirar dúvidas dos turistas. Nossa cidade deve ser valorizada”, finaliza o gerente de Cultura da administração regional, Valdeci Duarte.