14/10/2022 às 18:35

Teste rápido para sífilis está disponível na rede pública

Cresce o número de casos entre homens de 40 a 59 anos. Alerta para prevenção é reforçado neste sábado (15), dedicado à mobilização nacional de combate à doença

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Há mais de 100 anos identificada pela medicina moderna, a bactéria da sífilis ainda causa muitos danos à sociedade. A infecção sexualmente transmissível pode gerar graves consequências à saúde, mas a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença são simples. No Distrito Federal, a situação preocupa principalmente em dois grupos: homens entre 40 e 59 anos, onde há registro de aumento de número de casos; e entre mulheres gestantes. É o que mostra o Boletim Epidemiológico da Sífilis 2022, que será divulgado no próximo dia 21.

[Olho texto=”“Mais do que falar sobre a importância da prevenção da sífilis, a campanha aproveita para divulgar a acessibilidade aos testes rápidos em locais mais próximos do usuário na rede pública de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), situado na plataforma intermediária da Rodoviária do Plano Piloto”” assinatura=”Daniela Magalhães, gerente substituta de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Os dados do estudo norteiam a atuação da Secretaria de Saúde durante a campanha de conscientização Outubro Verde deste ano. Uma programação extensa é organizada com debates, palestras e atividades de incentivo à realização de exames preventivos. A proposta é esclarecer a população sobre as formas de prevenção e também de tratamento da doença.

“Mais do que falar sobre a importância da prevenção da sífilis, a campanha aproveita para divulgar a acessibilidade aos testes rápidos em locais mais próximos do usuário na rede pública de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), situado na plataforma intermediária da Rodoviária do Plano Piloto”, destaca a gerente substituta de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Daniela Magalhães.

No Distrito Federal, a doença vem crescendo entre a população. Entre os anos de 2017 e 2021, foram notificados 9.813 casos de sífilis adquirida, 3.370 casos de sífilis em gestantes e 1.645 casos de sífilis congênita, que é quando a doença é transmitida de mãe para filho.

Os profissionais passam por atualização para realização da técnica que permite tanto o diagnóstico quanto a avaliação e o tratamento para sífilis nas Unidades Básicas de Saúde | Foto: Breno Esaki / Agência Saúde DF

Quanto à sífilis adquirida, em 2021, foi observado um aumento no número de casos entre homens na faixa etária de 40 a 59 anos. No ano anterior, o maior número de casos aconteceu entre homens de 20 a 39 anos.

Segundo a gerente e também Referência Técnica Distrital (RTD) de Sífilis, todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois doença congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer.

“O teste deve ser feito na primeira consulta do pré-natal, no 2º e 3º trimestres da gestação, e no momento do parto, independentemente de exames anteriores. O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental”, explica Daniela Magalhães.

Doença

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode se manifestar em três estágios e os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

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Hoje, a Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis vem promovendo a atualização dos profissionais de saúde para realização da técnica que permite tanto o diagnóstico quanto a avaliação e o tratamento para sífilis nas Unidades Básicas de Saúde. Além de estimular que os serviços de saúde promovam ações que ofertem testes rápidos, distribuição massiva de preservativos e atividades educativas para a população mais jovem e sexualmente ativa, na qual observa-se um crescimento no número de casos.

“Essas ações visam alertar a população para a gravidade da doença, formas de prevenção e tratamento, buscando focar no público-alvo, populações chaves e populações prioritárias. Combater a sífilis é uma responsabilidade de todos”, conclui.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF