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21/10/2022 às 15:55, atualizado em 21/10/2022 às 16:27
Plantio foi uma ação em parceria do Instituto Brasília Ambiental com o Centro Universitário UDF pelo projeto Reconexão Cerrado
O Parque Ecológico da Asa Sul ganhou 22 novas mudas de ipê que foram plantadas em uma ação do programa Reconexão Cerrado, do Instituto Brasília Ambiental. Em parceria com o Centro Universitário UDF, a atividade contou com a participação de alunos dos cursos de medicina veterinária, ciências biológicas e jornalismo, que ficaram responsáveis pelo plantio das futuras árvores típicas do bioma da capital federal.
A estudante de medicina veterinária Domenica Troia, 18 anos, foi uma das voluntárias no plantio. Ao lado da colega Ana Beatriz, ela foi uma das primeiras a colocar a muda de ipê no chamado “berço”, espaço na terra para receber as plantas. Para ela, a experiência é uma forma de se conectar com uma área ligada à futura profissão. “É importante pra gente se comunicar com a natureza. Vamos poder plantar e ver esta árvore crescer depois, além de estarmos ajudando o ecossistema, que é muito importante para os animais”, revela.
[Olho texto=”“A gente traz para a comunidade um meio de se aproximar das unidades de conservação e de conhecer o cerrado, porque o foco do projeto é conservação, preservação e recuperação da área degradada do bioma”” assinatura=” Rosângela Martins Echeverria, coordenadora do projeto no Instituto Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”]
Esse também é o pensamento da estudante de medicina veterinária Maria Eduarda Caetano, 21 anos. Ela participou da ação com a irmã Maria Alice, 11, que pediu para ajudar na plantação. “É uma experiência muito boa. Temos que ajudar a natureza, porque, querendo ou não, ao plantarmos as árvores vamos trazer mais ambientação para o parque e para os animais, como os pássaros que adoram árvores, principalmente o ipê aqui do Cerrado. Além de ser muito bom para o parque”, diz.
Conexão Verde repaginado
O projeto Reconexão Cerrado é uma versão repaginada do Conexão Verde. A primeira fase da iniciativa passou por três unidades de conservação – os parques Olhos D’Água (Asa Norte), Sucupira (Planaltina) e Riacho Fundo – levando a divulgação de espécies do cerrado para uso medicinal, com a finalidade de conservar e preservar o bioma. A nova etapa ocorrerá em cinco parques, começando pela unidade da Asa Sul. Também serão contemplados os parques do Areal, Águas Claras, Veredinhas (Brazlândia) e Paranoá.
“A gente traz para a comunidade um meio de se aproximar das unidades de conservação e de conhecer o cerrado, porque o foco do projeto é conservação, preservação e recuperação da área degradada do bioma. A partir do momento que você sabe para que serve aquele espécie, ela tem um valor econômico agregado. Então por que você vai derrubar?”, destaca a analista de atividade do meio ambiente e coordenadora do projeto no Instituto Brasília Ambiental, Rosângela Martins Echeverria.
Além de ações de plantio nesta quinta-feira (20), o projeto contempla a criação de canteiros de jardins terapêuticos, práticas integrativas de saúde (como reiki e benzimento) e bate-papos que conectem a comunidade com o saber ancestral e as potencialidades das espécies nativas do cerrado para usos medicinais, inseticidas e alimentícios.
Trabalho conjunto
Essa foi a primeira parceria do Brasília Ambiental com o Centro Universitário UDF. A intenção é levar o projeto de plantio de mudas para outras unidades de conservação. “A proposta da ação é promover arborização urbana e passar informações para os nossos alunos e para a comunidade de forma geral dos benefícios. Sabemos que em grandes centros e cidades, com a quantidade de veículos, quanto mais arborizada for a cidade, mais benefícios vamos ter e menos impactos ambientais”, afirma o coordenador de Medicina Veterinária da UDF, Victor Carnaúba.
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Responsável pela união das entidades, o professor acredita que é uma forma de ajudar o meio ambiente e garantir um trabalho multidisciplinar aos alunos. “É muito importante para que haja uma interação e que aconteça um trabalho de conscientização. A ideia é que os alunos possam chegar em casa e disseminar esses aprendizados”, comenta.
Coordenador de Ciências Biológicas do UDF, Ciro Yoshio Joko acredita que o plantio é uma forma de levar aos estudantes uma prática mais conectada com o cotidiano. “A gente acaba falando muito do ambiente natural, então, quando eles vêm, encontram essa prática voltada para a sociedade, o que é muito importante num curso de bacharelado”, avalia.