Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
22/10/2022 às 12:52, atualizado em 25/10/2022 às 14:43
Método aplicado diariamente deixa os bichos mais espertos, saudáveis e capazes de prender a atenção do público
Um estímulo para que os bichos deixem a chamada zona de conforto e sejam mais ativos. A surpresa para alguns animais naquele que parece mais um dia comum. Essas são as propostas da técnica de enriquecimento ambiental, praticada diariamente no Zoológico de Brasília. Além de fazer bem à saúde física e mental das espécies, vão surgindo ali animais mais espertos, saudáveis e capazes de prender a atenção do público.
Com um plantel de cerca de 750 animais, o Zoo da capital oferece enriquecimento para quase toda a bicharada – aves, mamíferos e répteis, etc. De janeiro a setembro, foram 921 atividades que resultaram em mais de 3 mil experiências novas para eles. Esta semana, foi a vez do rinoceronte Thor. Com suas 3 toneladas e com o corpo coberto de terra, o mamífero deixou sua casa, caminhou bem e se entreteve com uma caixa de papelão deixada pela equipe do parque. Foram várias as chifradas. Logo à frente, uma bola feita de concreto revestida por uma mangueira também o esperava.
“Quando a gente coloca a bola e a caixa, a gente sabe que ele vai empurrar, vai levar para diferentes pontos do recinto. Porque já observamos o comportamento dele”, diz o veterinário Bryam Amorim, supervisor da área de bem-estar animal do Zoo. “É algo legal que a gente quer estimular nesse animal, que ele saia do ócio. É um comportamento natural, que eles teriam na natureza”, acrescenta.
O casuar, ave de grande porte de origem australiana, também foi estimulado pelos técnicos. De comportamento agressivo como toda a espécie, Cristiano saiu debaixo de uma árvore de seu recinto e aos poucos se aproximou da grade para se alimentar. Ali, foi colocado um tubo de PVC de onde saíam várias folhas de couve. Desconfiado, demorou a se aproximar. Mas logo devorou cada uma das hortaliças.
Troca de recinto
Ações curiosas que chamaram a atenção de meia dúzia de alunos de uma escola particular que pararam para observar e apontaram para a ave topetuda. “Colocamos ali um alimento diferente, em um local distinto para desafiá-lo. Gera um pequeno estresse no animal, mas faz bem para a saúde, para o desenvolvimento dele”, pontua a gerente de bem-estar animal, Marisa Carvalho. Outra técnica usada é trocar os bichos de recinto, uma forma de enriquecimento social.
A técnica é muito usada para animais em cativeiro por todo o mundo, a exemplo de zoológicos, granjas e outros. Bryam cita, por exemplo, trilha com rastros e cheiro de ratos deixada para que as cobras possam se sentir atraídas. Ou móbiles feitos de madeira para as aves interagirem.
Movimentação é a ordem
Experiências sensoriais, sociais, cognitivas e alimentares, entre outras. “É um bem-estar mental para eles e também uma forma de prevenir que não adoeçam no futuro”, diz Bryam Amorim. “Temos uma programação mensal completa de enriquecimento, com ‘n’ atividades. A ideia é não deixar esses bichos parados”, finaliza o profissional, que vibrava a cada mudança de comportamento de seus ‘pupilos’.