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30/10/2022 às 14:06, atualizado em 30/10/2022 às 14:46
Recortes precisam ser feitos sem demora, assim que o revestimento estiver seco. Caso contrário, o concreto pode sofrer rachaduras provocadas pela dilatação do material
Enquanto o período de chuva não chega de vez, a execução do pavimento rígido no boulevard do Túnel de Taguatinga avança cerca de 80 m diariamente. E dita o andamento de outro serviço importante para a qualidade da pista: o corte das juntas de dilatação.
Os recortes feitos na pista e a pavimentação precisam caminhar de forma simultânea. “Trabalhamos na concretagem do piso em um dia e, no seguinte, a junta de dilatação já precisa ser feita”, conta André Borges, um dos engenheiros civis que atuam na obra do Túnel de Taguatinga. “Não podemos demorar. Caso contrário, o revestimento pode trincar”.
Isso acontece porque o concreto está sujeito a pequenos movimentos de expansão e retração provocados pela variação da temperatura. No caso do pavimento rígido, há ainda a pressão provocada pelo peso dos veículos. O uso de recortes, barras de transferência e barras de ligação garante uma pista livre de rachaduras.
As juntas de dilatação são feitas com um espaçamento de 5 m uma da outra. “As fendas têm cerca de 0,5 centímetro de espessura. É imperceptível para os motoristas, mas suficiente para impedir o atrito entre as placas”, explica o engenheiro Renes Cândido.
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Os cortes precisam passar por cima das barras de transferência instaladas no interior do concreto. “Se as bordas não fossem niveladas pela barra de transferência, o piso poderia empenar”, conta Renes. “Além disso, essas estruturas permitem uma melhor distribuição das cargas ao longo da pista.”
Ao contrário das barras de transferência, as barras de ligação não têm a função de transferir carga, mas sim de evitar a movimentação das placas formadas com os recortes. “A barra de ligação é instalada no sentido longitudinal – ela serve para unir uma faixa de rolamento à outra, além de reforçar as extremidades das placas”, afirma Renes.