03/11/2022 às 19:23

Índios venezuelanos são orientados sobre utilização do Cartão Prato Cheio

Neste mês, 29 famílias da etnia Warao foram contempladas com o benefício. Durante nove meses, elas receberão crédito mensal de R$ 250 para a compra de alimentos

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Levar informação adequada para incentivar os índios venezuelanos a fazerem escolhas corretas e aproveitarem da melhor forma o crédito do Cartão Prato Cheio. Esse foi o objetivo de uma ação de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) realizada nesta quinta-feira (3) pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) na comunidade Warao, que fica nas proximidades de São Sebastião.

As comunidades de índios brasileiros Guajajara e Kariri-Xocó, que vivem no Distrito Federal, também são atendidas pela Sedes e, recentemente, receberam atividades de Educação Alimentar e Nutricional | Foto: Divulgação / Sedes

Por meio de articulação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Diversidade, neste mês, 29 famílias de índios venezuelanos que vivem na região foram contempladas pelo programa Prato Cheio. Durante nove meses, elas vão receber crédito mensal de R$ 250 para a compra de alimentos.“O Cartão Prato Cheio vai substituir as cestas básicas emergenciais que eles recebem. Nosso objetivo é dar autonomia a essas famílias para que elas saiam da situação de insegurança alimentar e nutricional”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

[Olho texto=”“A expectativa é realizar atividades mensais nessas comunidades para municiar a população indígena com informação correta, além de incentivar uma alimentação saudável e nutricionalmente adequada”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Na comunidade, a equipe da Sedes promoveu uma roda de conversa com as mulheres indígenas onde elas puderam tirar dúvidas sobre o Prato Cheio. As famílias também participaram de uma dinâmica com orientação de uma nutricionista para fazer as compras no mercado.

“Os índios Warao têm uma cultura e hábitos alimentares diferentes dos nossos. A proposta é mostrar à comunidade a importância de fazer boas escolhas na hora de fazer compras e não gastar o crédito de uma só vez”, enfatiza a gestora.

A ideia, segunda ela, é manter esse contato com os índios Warao para dar continuidade ao trabalho de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) com a comunidade. “A expectativa é retornar à comunidade para trocar receitas, dar dicas de como utilizar os alimentos.”

Além dos índios venezuelanos Warao, a Sedes também atende, por meio do Creas Diversidade, as comunidades de índios brasileiros Guajajara e Kariri-Xocó, que vivem no Distrito Federal. Recentemente, as comunidades indígenas também receberam atividades de Educação Alimentar e Nutricional.

“A expectativa é realizar atividades mensais nessas comunidades para municiar a população indígena com informação correta, além de incentivar uma alimentação saudável e nutricionalmente adequada”, destaca Ana Marra.

Prato Cheio

Nesta semana, 86.721 famílias receberam o crédito de R$ 250 do Cartão Prato Cheio para a compra de alimentos, com investimento total de R$ 21.680.250.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

Têm prioridade para receber o benefício as famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até seis anos de idade e aquelas que têm na composição familiar pessoas com deficiência ou idosas, além das pessoas em situação de rua, acompanhadas por equipes da assistência social e em processo de saída dessa condição.

O período de concessão do Prato Cheio é de nove meses, mas não se trata de um programa de transferência de renda. Caso complete o ciclo, mas a família ainda esteja em situação de insegurança alimentar e nutricional, o cidadão deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do local onde mora e solicitar novamente o benefício.

Em setembro, a Sedes incluiu 27.068 novos beneficiários no programa. Lembrando que o Cartão Prato Cheio não está habilitado para a função saque e só pode ser utilizado no comércio de produtos alimentícios.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social