17/11/2022 às 20:25

Saúde recebe 200 faixas do método canguru nesta quinta (17)

Materiais oferecem atenção humanizada ao recém-nascido e serão entregues às unidades neonatais de seis hospitais

Por Agência Brasília* | Edição: Rosualdo Rodrigues

A Secretaria de Saúde recebeu nesta quinta-feira (17) materiais que vão oferecer atenção humanizada ao recém-nascido, especialmente, ao prematuro. Conhecidas como faixas do método canguru, o equipamento de tecido permite enrolar o bebê só de fralda em contato com a mãe, priorizando o contato nos primeiros momentos de vida. A doação de 200 faixas foi feita pelo Rotary Club em Sobradinho.

As faixas foram entregues pelo presidente do Rotary Club de Sobradinho, Aclimino Barbosa | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde-DF

Para a mãe Theury Lorena de Melo, 36 anos, foi uma surpresa quando o filho nasceu aos 8 meses e com apenas 1,775 quilogramas. “A gente se prepara para nascer no tempo certinho, saudável e com uma boa pesagem.”

O pequeno José Geraldo, de 11 meses, ficou 32 dias no hospital até atingir o peso de 2,5 kg, sendo cerca de 20 dias usando o suporte do método canguru. “Eu usei o suporte por cerca de 20 dias. Meu filho ficou bem aconchegado e eu tive a oportunidade de ficar mais próxima dele”, lembra.

[Olho texto=”“Uma mãe de prematuro pode passar cerca de três meses em um hospital. Imagina se o bebê só fica em uma incubadora? O método permite um conforto para todas as partes envolvidas”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, reforça que o método canguru melhora o vínculo da mãe e do pai e apresenta um melhor desenvolvimento da criança.

“Uma mãe de prematuro pode passar cerca de três meses em um hospital. Imagina se o bebê só fica em uma incubadora? O método permite um conforto para todas as partes envolvidas”, destaca Miram Santos.

“O método prevê o contato pele a pele”, acrescenta uma das tutoras do método canguru pelo Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Mchilanny Bussinguer. O HRT é a unidade de referência para esse tipo de assistência. De acordo com a profissional, a ação ter ocorrido hoje tem um fator a mais já que 17 de novembro é o Dia Mundial da Prematuridade.

Doações

Segundo a enfermeira tutora do método no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Kelly Saboia, a doação vai permitir renovar as faixas canguru dos hospitais. “Estamos felizes com a doação, vem de uma parceria de longo tempo com o Rotary e que sempre visa a melhor forma de cuidar dos bebês”. As faixas serão entregues às unidades neonatais dos hospitais Materno-Infantil (HMIB), de Sobradinho, de Ceilândia, de Taguatinga, de Santa Maria e de Planaltina.

Theury Lorena de Melo e o filho José Geraldo: prematuro, ele ficou 32 dias no hospital até atingir o peso de 2,5 kg, usando por 20 dias o suporte do método canguru

O presidente do Rotary Club de Sobradinho, Aclimino Barbosa, destaca que a parceria tem aproximadamente 10 anos e ao longo desse tempo os materiais foram aprimorados. “A secretaria entra com a parte técnica e ensinando a melhor forma e material das faixas e o clube contribui com a entrega desse material.”

Para o governador das unidades da Rotary que englobam o DF, parte de Goiás e do Tocantins, Washington Cardoso, está na filosofia da comunidade desenvolver ações que reduzam a mortalidade infantil e que amparem as crianças. “Vemos como um trabalho conjunto que promove o melhor para a infância.”

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Novembro Roxo

A doação corresponde diretamente ao tema da campanha Novembro Roxo deste ano, que é “garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento”. Sendo o Dia Mundial da Prematuridade em 17 de novembro, o foco é conscientizar a população sobre os cuidados e a prevenção da prematuridade. Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação.

Segundo dados da Gerência de Informação e Análise de Situação de Saúde, vinculada à Diretoria de Vigilância Epidemiológica, de janeiro a outubro deste ano ocorreram 4.971 partos de prematuros (até 36 semanas de gestação) em todo o Distrito Federal. Em 2021, ao longo de todo o ano foram 6.330 partos prematuros e em 2020, um total de 6.469.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF