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18/11/2022 às 18:03, atualizado em 18/11/2022 às 20:13
Representantes de cidades ibero-americanas vieram ao Distrito Federal discutir a preservação do patrimônio cultural
Brasília tornou-se o centro da cultura ibero-americana entre os dias 17 e 18 de novembro. Como vice-presidente da área temática de Cultura da União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), a capital sediou a XXXVII Reunião do Comitê Setorial de Cultura da rede, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI). Durante os dois dias de debate e troca de experiências, representantes de 14 cidades ibero-americanas discutiram sobre políticas e ações para fomentar a preservação do patrimônio cultural na região.
O evento foi presidido pelo secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, pela chefe do Escritório de Assuntos Internacionais e coordenadora UCCI em Brasília, Renata Zuquim, e pelo subdiretor de Assuntos Gerais e Formação da UCCI, Fernando Rocafull.
[Olho texto=”“Esta reunião marca o encerramento desse período tão especial, além da continuidade do nosso papel de vice-presidente e o início de um legado cultural para nossa cidade, inscrita na lista de bens do Patrimônio Mundial, pela Unesco”” assinatura=”Renata Zuquim, chefe do Escritório de Assuntos Internacionais” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Tenho o orgulho de divulgar o início da restauração do Teatro Nacional. Temos o objetivo de reabrir todos os equipamentos culturais que estavam fechados. Temos aqui em Brasília muitas heranças culturais, principalmente a herança ibero-americana”, afirmou o titular da pasta da Cultura.
Renata Zuquim destacou a programação especialmente voltada ao estreitamento dos vínculos históricos e da identidade da comunidade ibero-americana em Brasília, como vice-presidente de cultura da UCCI e como Capital Ibero-americana das Culturas 2022. “Esta reunião marca o encerramento desse período tão especial, além da continuidade do nosso papel de vice-presidente e o início de um legado cultural para nossa cidade, inscrita na lista de bens do Patrimônio Mundial, pela Unesco”.
O representante da UCCI ressaltou a importância do retorno do encontro ao formato presencial, após dois anos de realização virtual, em razão da pandemia. “Hoje, finalmente, nos reunimos presencialmente, embora tenhamos aprendido muito com o período em que nos reunimos online. Para nós, falar sobre o tema de patrimônio é cada vez mais importante”, disse Fernando Rocafull.
Patrimônio Cultural
Promover o evento é responsabilidade da Capital Ibero-americana das Culturas, título que Brasília exerce em 2022. Por possuir a maior área tombada do mundo, o tema escolhido foi A preservação do patrimônio cultural das cidades.
Na manhã do dia 17, representantes de Assunção, Bogotá, Brasília, Buenos Aires, La Paz, Lima, Montevidéu, San Juan, São José e Sucre compartilharam suas experiências e políticas públicas locais para a preservação do patrimônio material e imaterial. O assessor especial da Subsecretaria do Patrimônio Cultural do Distrito Federal, Felipe Ramón Rodríguez, apresentou nossas políticas locais de preservação, enquanto o subsecretário do Patrimônio Cultural do Distrito Federal, Aquiles Brayner, ficou a cargo da moderação da mesa.
No período da tarde, foi a vez de Brasília, Lima e San José apresentarem estratégias para promover a educação patrimonial e cidadã em suas cidades. Alessandra Bittencourt, analista de Atividades Culturais da Secec, apresentou os programas Territórios Culturais e Jornadas do Patrimônio. “Educação patrimonial significa ocupação dos equipamentos culturais. Os monumentos existem para serem utilizados”, explicou a pedagoga.
A mesa teve moderação da professora Leísa Sasso, da Secretaria de Educação do DF, que proporcionou aos convidados estrangeiros, após o fim da reunião, visita guiada ao Museu Nacional da República, espaço do qual é responsável pelo Programa Educativo. “O museu é o local onde se criam vínculos afetivos. A vivência que se tem nos museus precisa dialogar com a cultura que cada um carrega dentro de si”, opinou.
Os convidados ainda se impressionaram com uma projeção mapeada na cúpula do museu, que exibiu imagens e cenas dos mais variados símbolos, espaços culturais e manifestações artísticas que dão vida aos quatro cantos do Distrito Federal.
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Para finalizar o primeiro dia de reunião, os participantes estiveram presentes no Festival Ibero-americano, no Eixo Cultural Ibero-americano, onde puderam conferir apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, uma roda de choro com mestre Valerinho e, por fim, se encantaram com o batuque do grupo Patubatê. O evento foi realizado pela organização da sociedade civil Aecec, em conjunto com a Secec. A programação da Feira Ibero-Americana continuará, no Eixo Cultural Ibero-americano, até este sábado (19), com apresentações de músicas e danças ibero-americanas e entrada franca.
Nesta sexta-feira (18), o encerramento dos trabalhos do comitê foi igualmente proveitoso. Durante a cerimônia, todos os participantes proferiram suas considerações sobre a reunião e recomendações sobre políticas públicas para o patrimônio e educação patrimonial. O final do encontro foi marcado pela titulação de Brasília como Capital Ibero-americana das Culturas 2022, oficialmente conferida pela secretária Geral da UCCI, Almudena Maillo, com uma mensagem em vídeo.
“Este prêmio que Brasília recebe da UCCI é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido especialmente pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Brasília, que soube interpretar muito bem o objetivo central da Capital Ibero-Americana das Culturas, que é promover a liberdade e a diversidade cultural ibero-americana, o diálogo intercultural e a colaboração mútua entre as capitais ibero-americanas, propiciando, assim, a projeção mundial que desejamos a partir de nossa organização”, disse Almudena.
San José (Costa Rica) foi anunciada como Capital Ibero-americana das Culturas de 2023. “Vamos tomar o exemplo de Brasília como inspiração para desempenharmos nosso papel no próximo ano”, afirmou a chefe do Departamento de Cultura da cidade, Tatiana Chaves Araya.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI).