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18/11/2022 às 16:26, atualizado em 18/11/2022 às 18:39
Encontro ouviu gestores e representantes do setor, em programação paralela à exibição dos filmes
O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) já é tradicionalmente conhecido por ser um espaço de promoção do diálogo, de importantes trocas e aprendizados e discussões sobre o setor do audiovisual no país. Nesta quinta-feira (17), quarto dia da 55ª edição do evento realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) com a organização da sociedade civil Amigos do Futuro, foram debatidas políticas públicas para o setor.
Ao longo da semana, a 1ª Conferência Nacional de Cinema promoveu três encontros: Reconstrução do cinema brasileiro, Desvendando a Lei Paulo Gustavo e Recuperação do setor audiovisual e políticas públicas. Este último, realizado na quinta, reuniu o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, o secretário de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretarias Estaduais de Cultura, Fabrício Noronha, e o ex-ministro da Cultura e atual integrante do grupo técnico da Cultura no governo de transição, Juca Ferreira.
Reestruturação
Com mediação de Cíntia Bittar, da diretoria da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro (API), o encontro apresentou diagnósticos sobre o que vem sendo promovido para a estruturação do setor audiovisual, nos âmbitos dos governos federal, estadual e distrital. Os gestores destacaram os desafios enfrentados nos últimos anos, tanto por causa do enfraquecimento de políticas públicas já anteriormente estabelecidas – como as leis de incentivo e o fim do Ministério da Cultura – quanto em função de dificuldades decorrentes da pandemia.
[Olho texto=”“Estamos esperançosos de um diálogo produtivo com o novo governo eleito, e um desafio importante que é a discussão da Lei Paulo Gustavo” ” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Na área do cinema foi um baque tremendo”, afirmou Bartolomeu Rodrigues. “Antigamente, os projetos de apoio eram feitos em entendimento com Fundo Setorial do Audiovisual, e a contrapartida era bem interessante para os produtores que concorriam aos editais do FAC [Fundo de Apoio à Cultura do DF]. Mas nós perdemos essa parceria, passamos a sofrer com desafios como administrar os recursos, como atender a cadeia da cultura e o setor do audiovisual. Não foi como eu gostaria que fosse ou como o setor merece, mas houve um esforço muito grande que resultou em investimentos maciços.”
Diálogo ampliado
Na última edição do FAC, lembrou o secretário, foi possível incentivar 27 longas-metragens, além de 35 curtas. “Muitos estados, como a gente tem observado, não tiveram condições de oferecer isso”, disse o titular da Secec. “Estamos esperançosos de um diálogo produtivo com o novo governo eleito, e um desafio importante que é a discussão da Lei Paulo Gustavo”.
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Já Juca Ferreira informou que o Ministério da Cultura será recomposto e recriado. “Precisamos reconstituir uma base de coesão nacional, com todas as parcelas da sociedade, negros, mulheres, indígenas, comunidade LGBTQI+, e em todas as regiões do Brasil”, declarou, sob aplausos.
Representantes de diversas entidades – como Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan), Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste (Conne) e Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) – apresentaram solicitações de seus setores e encontraram receptividade dos gestores reunidos. “As portas da Secec estarão sempre abertas para receber a classe da cultura e o setor cinematográfico”, concluiu o secretário de Cultura e Economia Criativa.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa