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22/11/2022 às 12:48, atualizado em 22/11/2022 às 12:52
Estudo elaborado pelo IPEDF mostra como o mercado se divide nas categorias formal e informal
O Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), apresentou, na manhã desta terça-feira (22), o estudo Trabalho Informal no Distrito Federal, que observa como o mercado de trabalho se dividiu entre formal e informal e como a evolução desses grupos se deu ao longo do tempo. A situação foi avaliada em diferentes grupos sociais.
Brasília é a unidade da Federação com a maior renda per capita do país, o que influencia na baixa taxa de informalidade presente na região.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostra que a capital do Brasil passou da segunda unidade com menor número de trabalhos informais para a quarta, entre 2018 e 2022. O resultado faz o DF estar no grupo com menor informalidade, junto a estados da região Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) e do Sudeste (São Paulo).
[Numeralha titulo_grande=”34,6% ” texto=”Percentual de homens em situação de informalidade; índice é mais reduzido entre mulheres, com 33%” esquerda_direita_centro=”direita”]
Entre 2020 e 2022, a informalidade na capital aumentou 5,2 pontos percentuais, ao passar de 28,6% para 33,8%, no segundo trimestre deste ano. A justificativa para tal índice é a crise sanitária que, instaurada no país no primeiro ano da comparação, afetou direta e fortemente o mercado de trabalho. Essa evolução, assim como em outros lugares do país, foi influenciada pelo comportamento da economia nacional.
Quedas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, em sua série histórica, houve duas fortes quedas do número de informais: 2015-2016 e 2020-2021. A diferença é que, na primeira, o número de informais retomou o patamar anterior. Já a segunda registrou aumento do número de informais além do patamar histórico.
[Olho texto=”Park Way registra 8,18% de índice de informalidade, número só observado em países ricos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os homens são os mais afetados pela informalidade. Cerca de 34,6% das pessoas do sexo masculino estão em situação informal, enquanto as mulheres são 33%, de acordo com dados da Pnad Contínua. Esse padrão também foi observado na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), 28,3% e 26,3% entre homens e mulheres.
As mulheres possuem menor participação nessa taxa devido ao seu nível de escolaridade, pois elas são maioria entre as pessoas que completam o segundo grau de ensino. Há também uma diferença substancial entre informais negros (cerca de 29%) e brancos (aproximadamente 13%) na capital.
Entre as regiões administrativas (RAs), também há registro de desigualdade espacial. As RAs com maior informalidade, como SCIA, Itapoã, São Sebastião, Fercal e Varjão, chegam a 40% de informais, enquanto o Park Way, região com menor nível avaliado, tem apenas 8,18%, índice observado apenas em países ricos.
A alta informalidade se concentra nas atividades não especificadas – que concentram 61,2% das pessoas -, seguida de construção (57,5%) e serviços domésticos (45,2%). Do grupo de baixíssimo índice de informalidade fazem parte as áreas da administração pública (5,13%), educação e saúde (11,1%) e comunicação e atividades financeiras (11,2%).
Confira aqui o estudo elaborado pelo IPEDF.
*Com informações do IPEDF