04/12/2022 às 14:10, atualizado em 04/12/2022 às 14:05

Agricultor eleva renda com produção de tomate em Brazlândia

Após crise econômica, produtor adapta técnicas e, com orientação, investe na diversidade do cultivo

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Uma parceria com a Emater resultou em aumento de lucratividade para o produtor Joaquim Máximo, do Assentamento Betinho. Até então tendo como carro-chefe da propriedade o morango, ele refez cálculos e pesquisas e conseguiu elevar sua renda, passando a plantar e comercializar tomates.

Joaquim Máximo comemora: “Desde dezembro, estou colhendo três mil pés de tomate por talhão” | Foto: Divulgação/Emater

Segundo Joaquim, o morango movimenta bastante dinheiro, mas, no seu caso específico, a situação começou a apertar: “A crise econômica, juntamente com a pandemia, atingiu todo mundo; então, tive que replanejar o negócio”. Após analisar as possibilidades com técnicos da Emater, ele optou pelo tomate e hoje está satisfeito com o resultado.

 Em cinco hectares, Joaquim planta tomate o ano todo. “Desde dezembro, estou colhendo três mil pés por talhão”, conta. “Durante a seca, a plantação é em campo aberto, mas durante as chuvas, cubro a lavoura”. Ele possui 16 túneis de 100 metros de comprimento por 6 metros de altura. O tomate é plantado em estruturas que podem ser aproveitadas posteriormente para outros cultivos.

 Com a elevação dos lucros, Joaquim investiu na melhoria das instalações. “Já consegui reformar o galpão onde seleciono e embalo os tomates”, relata. Com disciplina e organização, o produtor separa as hortaliças por tamanho, que ele classifica como GG, extra e médio. “Já colhi tomate de quase um quilo”, orgulha-se. Na chácara, que possui dois funcionários, agora também há cultivo de abóbora, repolho e pepino.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Terreno aproveitado

De acordo com o gerente do escritório da Emater em Brazlândia, Claudinei Vieira, o ciclo do tomate se dá a partir dos 70 dias. “Joaquim faz um bom aproveitamento do terreno, alternando tomate com pepino”, aponta. “Cultivando hortaliças diferentes, ele contribui para a saúde do solo e das plantas. Além disso, o tomate exige adubação. Depois que é colhido, os resíduos dos insumos podem ser aproveitados pelo pepino, o que, além de ser benéfico para a cultura, é mais econômico para o produtor”.

[Olho texto=”Só em 2021, a Emater atendeu  mais de 13 mil produtores rurais no DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

A irrigação usada no cultivo de tomates é feita por gotejamento. “É a mais adequada, pois o tomate não gosta de água na parte aérea da planta, apenas nas raízes; por isso, durante as chuvas, é necessária a proteção com túneis”, explica o gestor.

 Há 28 anos na chácara, Joaquim Máximo, que chegou à região com a família ainda criança, está satisfeito com o apoio da Emater: “A empresa já me auxiliou na comercialização com o Põe na Cesta [plataforma virtual de vendas], me deu a ideia do Colha e Pague, e eu sempre posso contar com os técnicos do escritório de Brazlândia. Essa parceria vai longe”.

 Em 2021, a Emater atendeu mais de 13 mil produtores rurais. A empresa pública tem a missão de promover o desenvolvimento rural sustentável e a segurança alimentar por meio dos trabalhos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) desenvolvidos junto aos produtores. São 15 escritórios espalhados pelas mais diferentes regiões do DF.  Acesse o site e descubra o escritório mais próximo da sua propriedade.

 

*Com informações da Emater