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06/01/2023 às 17:59, atualizado em 06/01/2023 às 18:22
São mais de cem obras visuais exaltando a democracia, a diversidade cultural e a identidade plural do Brasil. Mostra fica em cartaz até 26 de fevereiro
São mais de cem obras visuais exaltando a democracia, a diversidade cultural e a identidade plural do Brasil. Inaugurada no primeiro dia útil do ano de 2023, a exposição Brasil Futuro: as Formas da Democracia poderá ser visitada até 26 de fevereiro no espaço expositivo principal do Museu Nacional da República (MuN). A entrada é gratuita.
Os visitantes não são apenas os moradores do DF, que aproveitam as férias para curtirem a programação cultural, mas também turistas de várias partes do país, que nessa época do ano buscam como roteiro a capital federal.
[Olho texto=”“Vários artistas trazem a sua visão do Brasil atual. A exposição está linda, a mostra tem chamado bastante atenção do público, as pessoas saem chorando”” assinatura=”Leisa Sasso, responsável pelo área educativa do Museu Nacional da República” esquerda_direita_centro=”direita”]
Instigante, Brasil Futuro tem três momentos. Um deles, intitulado Retomar Símbolos, celebra a democracia soberana do Brasil, com um resgate vibrante dos símbolos nacionais. O segundo, nomeado Decolonialidade, exalta pautas relevantes e pertinentes, como a questão do feminismo, da negritude, dos povos originários, do movimento LGBTQIA+ e da diversidade de olhares.
Já a terceira fase, batizada de Somos Nós, instiga o público a refletir sobre a riqueza étnica, de gênero, regional e de linguagens presentes na cultura do Brasil. “Vários artistas trazem a sua visão do Brasil atual. A exposição está linda, a mostra tem chamado bastante atenção do público, as pessoas saem chorando”, comenta a professora Leisa Sasso, responsável pelo área educativa do MuN.
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Explorando a pluralidade do povo brasileiro e a riqueza cultural do país, Brasil Futuro reúne trabalhos de artistas negros, negras, indígenas, nomes da comunidade LGBTQIA+, criadores populares e históricos que ressignificam a Bandeira do Brasil de maneira afetiva. Cerca de metade das obras expostas é dos acervos do próprio MuN, também do Museu de Arte de Brasília (MAB) e da Presidência da República. A curadoria do evento é formada pela antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, o arquiteto Rogério Carvalho, o ator Paulo Vieira e o secretário de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT), Márcio Tavares.
A tela Orixás (1962), de Djanira da Motta e Silva (1914-79), terá lugar especial na exposição. Entre as preciosidades, obras de Anita Malfatti, Antonio Bandeira e Di Cavalcanti.
De férias em Brasília com a família, a estudante de São Paulo Ester Algade Salles reconheceu um dos trabalhos da exposição dos livros de arte da escola. “Foi bem emocionante. Visitamos vários lugares em Brasília, mas este até agora é o mais legal”, confessa ela, acompanhada dos pais e irmã. “Gosto de arte, quero trabalhar nessa área, artes visuais, design”, planeja.
Servidor público do judiciário do Paraná, Anselmo Minch, 55 anos, também aprecia artes plásticas. Em Brasília pela primeira vez, não perdeu tempo e saiu com a família para visitar os espaços públicos da capital. O Museu da República foi a primeira parada. Não se decepcionou. “É um lugar muito interessante pela história, os traços de Niemeyer, e essa exposição mexe com as pessoas por seu teor contrastante, faz a gente refletir sobre o momento atual em que vivemos”, destaca.
Advogado, produtor cultural e entusiasta das artes plásticas, Romildo Gastrão, 54 anos, se encantou com o que viu. “É o retrato da arte brasileira dentro desse contexto da pluralidade que é o Brasil; tem um recorte muito rico da arte brasileira”, resume.