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12/01/2023 às 16:45
Grupo de voluntários atua no Hemocentro para ampliar estoque com rede solidária
Era o ano de 2018. Doador de sangue regular da Fundação Hemocentro de Brasília, o professor da rede pública do DF Ricardo Ferreira de Sales, 38 anos, morador de Planaltina, viu a necessidade de aumentar a rede solidária em torno desse gesto de grandeza ímpar, ao precisar ajudar uma colega que necessitava urgentemente de transfusão. Num piscar de olhos, arregimentou 15 doadores para salvar a vida da amiga. Hoje, eles somam 40 multiplicadores, ou seja, voluntários responsáveis por disseminar a importância da doação de sangue na sociedade. Um dos grandes aliados da turma são as redes sociais.
“Comecei a doar sangue com 18 anos; sempre achei importante ajudar essa causa, porque sabemos que tem muita gente doente, crianças que precisam de doação de sangue. Sempre gostei de fazer esses trabalhos voluntários e estou sempre divulgando nos meus grupos virtuais”, conta Ricardo. “Nos últimos quatros anos, trouxemos bastante pessoas para fazer essas doações. Acho muito importante incentivar, levar outras pessoas.”
[Olho texto=”Mais de cinco mil pessoas estão cadastradas no sistema do Hemocentro de Brasília, mas apenas 10% são ativos, ou seja, fazem campanhas ou contribuem com a divulgação da importância da necessidade de ser doadores” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Para a gerente de Captação, Registro e Orientação de Doadores da Fundação Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi, os multiplicadores são peças fundamentais na propagação desse ato solidário vital para salvar vidas. Para incentivar aqueles que conseguem convocar doadores, a fundação coloca à disposição transporte para o traslado das pessoas. “Elas são a ponte entre o Hemocentro e a sociedade. O trabalho com os multiplicadores é crucial porque são os verdadeiros embaixadores da nossa causa. São eles que vão multiplicar a ideia da importância da doação de sangue e não só captar doadores, mas fidelizar essa ação”, explica a gestora.
Atualmente, mais de cinco mil pessoas estão cadastradas no sistema do Hemocentro de Brasília. No entanto, explica Kelly Barbi, apenas 10% são ativos, ou seja, fazem campanhas ou contribuem com a divulgação da importância da necessidade de ser doadores. “Os demais são aqueles que já realizaram pelo menos um evento conosco, considerando que o nosso sistema está ativo desde 1999/2000”, detalha ela.
Daí a necessidade de se ampliar cada vez mais essa rede de multiplicadores voluntários para ajudar a turbinar o estoque do banco de sangue do Hemocentro de Brasília. Para tanto, um novo projeto entrará em vigor a partir do começo deste ano, com o intuito de facilitar a doação de sangue no DF. Trata-se de uma unidade móvel de coleta de sangue, ou seja, um ônibus totalmente equipado para receber os doadores. O roteiro será traçado a partir de agendamento e do poder de mobilização dos multiplicadores voluntários.
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“Estamos nos organizando internamente para inaugurar essa atividade e vamos precisar muito da ajuda dos multiplicadores voluntários para ajudar na organização das coletas externas”, antecipa Kelly Barbi. “Há uma possibilidade de englobar a Ride [Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno]. O objetivo é desconcentrar a coleta de sangue, ampliar o número de doadores de outras regiões administrativas e, claro, democratizar o acesso à doação de sangue.”