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01/02/2023 às 18:02
Trabalhos se encontram na fase de proteção das obras de arte e remoção de equipamentos
O barulho de marretas, pás de construção e carrinhos de mão é ininterrupto e não deixa dúvidas: os trabalhos da ampla reforma da Sala Martins Pena, do Teatro Nacional Claudio Santoro, estão em andamento.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 49,7 milhões” texto=”Total de investimento na reforma, executada com recursos diretos do GDF ” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
São cerca de 30 homens trabalhando no interior do prédio desde que as obras começaram, no fim de 2022, e os resultados dessa intensa movimentação já podem ser constatados nas ações de proteção das obras de arte e primeiras remoções de equipamentos e mobiliários.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, fez uma visita técnica ao teatro na última terça (31/1), com acompanhamento dos engenheiros responsáveis pelo serviço. “O local está, no bom sentido, irreconhecível, o que mostra a dimensão do trabalho a ser realizado”, avalia. “O coração bate forte e mais forte ainda diante da sensação de recuperar o tempo perdido. Viva a cultura!”
Acervo
Com investimentos de R$ 49,7 milhões, montante originário de recursos diretos do GDF, a obra vem sendo executada pela construtora Porto Belo Engenharia, com a fiscalização da Novacap. De acordo com os engenheiros responsáveis, essa fase dos trabalhos corresponde à proteção das obras de arte que compõem o acervo do teatro – como os painéis de Athos Bulcão localizados no foyer da Sala Martins Pena -, além de desmontagem e remoção de louças, cabines, poltronas, carpetes, revestimento do piso da plateia, cabines e paredes.
Por se tratar de um bem tombado como patrimônio cultural, os trabalhos de recuperação do espaço também contam com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Trabalhamos com o objetivo de cumprir as demandas e orientações do Iphan, onde atendemos ao parecer técnico e todas as exigências pertinentes”, esclarece a engenheira civil Uyara Mendes, da Novacap.
[Olho texto=”“Foram dois anos para reunir e organizar todas as plantas do teatro”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”]
Os trabalhos seguem também pelos 15 camarins, com a remoção dos forros e luminárias e demolição do piso, assim como a ampliação da escada de acesso. Os engenheiros também se debruçam sobre o reconhecimento visual da área para a possível implantação do reservatório de aproximadamente 350 metros cúbicos de água. “São reestruturações físicas para atender, inclusive, as exigências do Corpo de Bombeiros na questão da acessibilidade”, explica a engenheira.
Ícone cultural
O começo da reforma do Teatro Nacional, com os já iniciados trabalhos na Sala Martins Pena, marca um ciclo de quatro anos de grandes obras executadas pelo GDF. Em relação ao icônico espaço cultural projetado por Oscar Niemeyer ainda em 1958, não se trata apenas de uma simples manutenção, mas de ampla obra de modernização do local com projetos bem-definidos de acessibilidade, segurança, combate a incêndio e conforto.
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“Foram dois anos para reunir e organizar todas as plantas do teatro, em um trabalho que envolveu pelo menos uma dezena de profissionais abnegados”, conta Bartolomeu Rodrigues. “Ver o andamento da obra não deixa de ser uma emoção à parte, uma sensação de dever cumprido para que em breve Brasília tenha de volta esse ícone cultural.”
Os trabalhos executados na Sala Martins Pena incluem a reestruturação das instalações prediais, sobretudo da parte elétrica e climatização, além da recuperação de pisos e revestimentos acústicos, esquadrias e mobiliários. Também serão feitas as atualizações tecnológicas e de segurança das estruturas, assim como dos mecanismos cênicos, respeitando sempre os requisitos de acessibilidade.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)