14/02/2023 às 16:33, atualizado em 15/02/2023 às 19:24

Carnaval social une debate e diversão em unidades socioassistenciais

Bailes durante a semana movimentam centros mantidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

[Olho texto=”“O objetivo é levantar questões relacionadas a violação de direitos durante esse período e trazer para a discussão em grupos atendidos por essas unidades”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]

Muito mais do que a folia, o Carnaval é pano de fundo para profundos debates sociais. Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) aproveitam o momento para abordar questões como combate à violência contra a mulher, combate à exploração do trabalho infantil e temas relacionados a gênero ou raça, entre outras. Ao longo desta semana, os centros de convivência e fortalecimento de vínculos e as unidades de atendimento a pessoas em situação de rua, os centros Pop, vão promover diversas atividades para abordar assuntos como esses.

“O objetivo é levantar questões relacionadas a violação de direitos durante esse período e trazer para a discussão em grupos atendidos por essas unidades”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

As ações já iniciadas no fim de janeiro incluem, além dos bailes, oficinas de dança, de percussão e outras apresentações culturais | Foto: Flávia Mendes/Sedes

As intervenções começaram, no entanto, no fim do mês passado. Em 21 de janeiro, por exemplo, entrou em campo o tradicional Bloco das Caliandras, no Centro de Convivência Gama Sul. Além das oficinas de dança, de percussão e da apresentação cultural, “a ação dialoga sobre aspectos culturais, relacionais, sociais e políticos, alinhados ao Carnaval e às questões de gênero”, explica a educadora social Flávia Mendes.

Na unidade Mozart Parada, mais conhecida como Paradão, está previsto um baile com o Grupo + Vida, com pessoas de mais de 60 anos. No centro do Núcleo Bandeirante, a abordagem é sobre a temática Ser Mulher. Na oportunidade, uma especialista em assistência social vai desenvolver a dinâmica “A mulher no território”, com uma reflexão sobre o espaço feminino na região.

“É muito mais que a festa, que também faz parte do trabalho. A ideia é que o público atendido nesses lugares tenha um momento de reflexão para além da folia”, explica o diretor de Convivência da Sedes, Clayton Andreoni.

Ao longo desta semana, o Centro Pop de Taguatinga promove diversas oficinas com pessoas em situação de rua com o tema “Carnaval”. Na sexta-feira (17), os frequentadores participam de um baile com diversas atrações.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

Estrutura

O Distrito Federal tem 16 unidades do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos gerenciadas diretamente pela Sedes, além de parcerias com instituições, totalizando cerca de cinco mil pessoas acompanhadas.

Em relação aos centros Pop, o DF conta com dois que funcionam diariamente a partir das 7h e servem como ponto de apoio para quem vive, ou sobrevive, nas ruas. Com rotatividade de cerca de 500 pessoas por dia, nesse local é possível acessar espaços para guarda de pertences, higiene pessoal, alimentação (café da manhã, almoço e lanche) e provisão de documentação, além de prestar informações e orientações sobre os direitos e viabilizar o acesso a outros serviços, benefícios socioassistenciais e programas.

*Com informações da Sedes