22/02/2023 às 09:48, atualizado em 03/03/2023 às 15:55

Não usou preservativo? Saúde conta com profilaxia pós-exposição

Prevenção de urgência, a PEP consiste na indicação de medicamentos para reduzir o risco de infecções em casos de violência sexual e também nos de relação consentida desprotegida

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

O preservativo e o gel lubrificante são considerados os principais métodos de proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante a prática sexual. Ambos são disponibilizados gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBSs), administradas pela Secretaria de Saúde (SES).

Também indicada nos casos em que o preservativo estourou, a PEP deve ser feita no máximo até 72 horas após a exposição e seguir com orientação médica por 28 dias | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde

Apesar disso, a estratégia de prevenção na rede pública conta com outros métodos. É o caso da profilaxia pós-exposição (PEP), recomendada para pessoas que tiveram relação consentida desprotegida, sofreram violência sexual ou tiveram contato com o material biológico em acidente de trabalho.

Medida de urgência, a PEP consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir ISTs, principalmente o HIV. O tratamento pode ser iniciado de duas horas até 72 horas depois da exposição e deve seguir com orientação médica por 28 dias para impedir a infecção.

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“Se o preservativo estourou, foi mal colocado ou a pessoa não o usou, ela pode procurar uma unidade de saúde, onde vai passar por uma consulta na urgência”, explica a enfermeira responsável técnica por questões relacionadas à sífilis da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, Daniela Magalhães.

A prevenção está disponível nos setores de urgência e de emergência das unidades de pronto atendimento (UPAs), nos hospitais e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, que fica na Rodoviária do Plano Piloto.

Pré-exposição

Disponível também na rede pública de saúde, a profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do vírus.

Arte: Agência Brasília

“Esse é um medicamento que a pessoa toma antes de se expor”, pontua Daniela Magalhães. “Significa que ela vai estar mais protegida caso venha a se expor ao vírus do HIV. Ela veio primeiro para grupos mais específicos e vulneráveis, mas qualquer pessoa que queira pode fazer o uso.”

A enfermeira reforça o compromisso da saúde pública em orientar a população: “Temos que ofertar escolhas para as pessoas. Cada um deve escolher a forma de prevenção que mais combina consigo. Não estamos trocando um pelo outro, mas colocando mais uma camada de proteção”.

A PrEP está disponível no Centro Especializado em Doenças Infectocontagiosas (Cedin) e na Policlínica de Taguatinga. A dispensação para quem for atendido na rede privada ou em outro serviço é na Policlínica do Lago Sul, Policlínica de Taguatinga, Policlínica de Ceilândia e Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília (HUB).