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27/02/2023 às 18:02, atualizado em 03/03/2023 às 15:47
Equipes de saúde do governo levam doses aos que estão em instituições de longa permanência. No Lar Maria Madalena, 134 moradores foram imunizados nesta segunda-feira (27), além de 299 funcionários
A vacinação com a versão bivalente do imunizante da Pfizer contra a covid-19 começou a ser aplicada em idosos e grupos prioritários no Distrito Federal. Nesta segunda-feira (27), 84 unidades básicas de saúde (UBSs) e um posto drive-thru atendem ao público-alvo: pessoas com mais de 70 anos, pessoas em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e os trabalhadores dessas unidades, imunocomprometidos, moradores de comunidades indígenas, ribeirinhos e quilombolas. O público-alvo total desta primeira fase da vacinação bivalente no DF engloba cerca de 190 mil pessoas. Confira aqui os postos de vacinação.
[Olho texto=”“Essa vacina atua contra novas cepas, reforçando a proteção contra as formas graves e os óbitos. É importante imunizar a população idosa, especialmente quem está em instituições, em local fechado, onde há mais propensão da propagação viral”” assinatura=”Meire Brandão, chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Região Centro-Sul” esquerda_direita_centro=”direita”]
Necessitando de atendimento diferenciado, pessoas acolhidas em instituições de longa permanência para idosos (Ilpis) já receberam a visita de equipes da Secretaria de Saúde (SES). No Instituto Integridade, que abrange o Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante, 134 idosos e 299 funcionários tomaram a dose bivalente.
“Essa vacina atua contra novas cepas, reforçando a proteção contra as formas graves e os óbitos. É importante imunizar a população idosa, especialmente quem está em instituições, em local fechado, onde há mais propensão da propagação viral”, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Região Centro-Sul, Meire Brandão. No total, o DF recebeu quase sete mil doses para atender as pessoas que estão em Ilpis e os trabalhadores dessas instituições.
Ansiosa pela vacina, Teresa Vieira Oliveira, 76 anos, acompanhou atenta a movimentação dos profissionais de saúde. “Faz bem, a gente se sente mais segura. Se a gente não tomar, fica sempre com medo.”
A lembrança de tempos mais difíceis, no início da pandemia, quando as visitas dos familiares ficaram comprometidas por medida de segurança, é algo que ela não quer mais viver. “A minha família pegou e, então, demorou muito para poder me visitar [na época]”, rememora.
Há nove anos residindo no Lar Maria Madalena, Josefa Alves, 78, avisou logo à equipe de saúde sobre o seu pavor de agulha. “Eu tenho medo, mas tomo todas as vacinas. Nunca peguei doença aqui. Acho bom que tragam até aqui, para todo mundo ficar saudável”, conta. Se alguém tiver alguma dúvida ou hesitação, a ex-cozinheira responde prontamente: “Não tive nenhuma reação forte, sono foi o que eu senti das outras vezes”.
A equipe da UBS 1 do Núcleo Bandeirante é a responsável pelo atendimento no local. A enfermeira Gislaine Rosário ressalta que essa não é uma ação pontual, mas rotineira. Além de prestar atendimento regular aos institucionalizados, a unidade está sempre presente para imunizações de rotina. “Eles são parte do público da nossa região [de saúde] e recebem nossa atenção para qualquer tipo de assistência”, destaca.Os trabalhadores do instituto, que também receberam a imunização, ajudaram a acalmar os idosos e organizar a vacinação. “É muito importante imunizar a equipe que cuida, que está aqui em contato diário. A maior prevenção vem de nós, funcionários, que entramos e saímos daqui toda hora e temos o risco de transmitir [a doença]”, comenta o enfermeiro-chefe do Instituto Integridade, Diogo Victor Pinheiro. Em 2023, segundo ele, nenhum institucionalizado morreu acometido pela covid-19, e os casos recentes foram de sintomas leves.
Vacinação nas UBSs
Comemorar 60 anos de casados não é para qualquer um, mas Tomásia e João Cavalcante querem alcançar esse feito. Para isso, eles contam com amor e com a proteção das vacinas. Hoje, o casal foi até a UBS 1 do Guará para receber a dose bivalente contra a covid-19. “A gente queria vacinar de qualquer forma”, conta João. A importância dos imunizantes é bem conhecida pelos dois. Contaminada pela covid-19 quando havia tomado só a primeira dose, Tomásia precisou ser internada. Da segunda vez, enfrentar a doença foi bem diferente. “Em junho do ano passado eu tive covid, já com a quarta dose, e foi mais leve”, lembra.
Somente na UBS 1 do Guará, mais de 200 pessoas tomaram a vacina bivalente contra a covid-19 nesta segunda-feira. A sala de vacinação da unidade também conta com outros imunizantes, como para febre amarela e tétano, que podem ser aplicados junto com a bivalente. “Quando a pessoa vem é a hora de a gente aproveitar para completar algum esquema vacinal incompleto”, afirma o enfermeiro Matheus Neves.
[Olho texto=”A segunda etapa da vacinação com a bivalente terá como prioridade pessoas de 60 a 69 anos de idade” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Não foi o caso de Tomásia e João. Conscientes da importância de cuidar da saúde, ambos exibem orgulhosos seus cartões de vacinação. “Se a gente não se vacina, a coisa pode ficar pior”, aconselha Tomásia.
Vacina bivalente
A Pfizer bivalente será aplicada a partir de quatro meses da segunda dose ou da última dose de reforço. A recomendação para quem ainda não recebeu a primeira ou a segunda dose é iniciar o esquema vacinal com a monovalente, também disponível em unidades da Secretaria de Saúde. O DF recebeu, em 23 de fevereiro, 181.440 doses de vacinas bivalentes, que oferecem proteção?contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram depois, como a ômicron.
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A área técnica da saúde informa que, apesar da elevada eficácia e efetividade das vacinas contra a covid-19 para prevenção de casos graves e óbitos, há redução de proteção imunológica ao longo do tempo. Isso ocorre proeminentemente com a variante ômicron e afeta, principalmente, pessoas com mais de 60 anos.
Próximas fases
A segunda etapa da vacinação com a bivalente terá como prioridade pessoas de 60 a 69 anos de idade. A terceira incluirá gestantes e puérperas. Já a quarta fase abrangerá trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente a partir dos 12 anos, população prisional, adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional e socioeducativo.
*Com informações da Secretaria de Saúde