21/03/2023 às 19:16, atualizado em 21/03/2023 às 19:31

Memorial dos Povos Indígenas inaugura sala para atender estudantes

Batizado de Sala do Saber Mário Juruna, o espaço será usado pelos alunos que visitam o memorial em ações educativas e debates

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

O Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental, tem um novo espaço. É a Sala do Saber Mário Juruna, que foi inaugurada em solenidade nesta terça-feira (21). Montado com apoio financeiro da Embaixada do Canadá, o local será usado por alunos das redes pública e privada que visitam o museu em ações educativas e debates.

O mobiliário do novo espaço, composto por mesas, cadeiras e estantes, todas feitas em madeira ecológica e em formato montável, foi todo cedido pela Embaixada do Canadá | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A criação da sala foi uma ideia do gerente do memorial, David Oliveira Terena, que buscou a Embaixada do Canadá para ter meios de realizar o projeto. “Como não se faz nada sozinho, procuramos parcerias e conseguimos esse apoio junto à Embaixada do Canadá, que nos ajudou a criar essa sala para o atendimento das crianças”, conta. De acordo com ele, o museu recebe de 100 a 400 estudantes por dia.

[Olho texto=”“Queremos fazer alguns eventos para promover essa conexão entre os povos indígenas. Já temos conversas com o governo e os ministérios. Queremos que os povos possam falar nesse espaço”” assinatura=” Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá” esquerda_direita_centro=”direita”]

O espaço conta com mesas, cadeiras e estantes todas feitas em madeira ecológica e em formato montável. O mobiliário foi todo cedido pela embaixada. “Quando começamos a falar com o Terena e a equipe dele em como poderíamos ajudar, eles falaram da sala. Foi uma ideia do memorial e nós estávamos abertos à proposta. O memorial escolheu os móveis e fizemos esse financiamento. Foi muito importante que fossem móveis ecológicos, porque refletem as prioridades do memorial”, avalia o embaixador do Canadá, Emmanuel Kamarianakis.

Além do apoio na concepção do espaço, a embaixada pretende unir a memória dos povos indígenas brasileiros e canadenses com uma programação especial no local. “Queremos fazer alguns eventos para promover essa conexão entre os povos indígenas. Já temos conversas com o governo e os ministérios. Queremos que os povos possam falar nesse espaço”, acrescenta o embaixador.

Sob a gerência da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a Sala Mário Juruna é um passo para tornar o memorial referência internacional da memória dos povos indígenas brasileiros, como defende o secretário Bartolomeu Rodrigues

Valorização

Equipamento sob gerência da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Memorial dos Povos Indígenas é um espaço público que vem recebendo uma atenção especial do Governo do Distrito Federal (GDF). Para o titular da pasta, a inauguração da Sala Mário Juruna é mais um exemplo de como o espaço tem sido valorizado.

“A gente quer que o memorial seja uma referência internacional da memória dos povos indígenas brasileiros. Já fizemos grandes progressos. O governador Ibaneis Rocha nos tem dado muito apoio e a gente vem reconstruindo o memorial, que estava um pouco esquecido e agora está cada vez mais presente na vida das pessoas aqui em Brasília”, defende o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

Em busca de resgatar esse cunho educativo, a pasta tem trabalhado em conjunto com a Secretaria de Educação, as escolas da rede particular e agora com as embaixadas para realizar ações para que os estudantes aprendam sobre a cultura dos povos originários, além de promover o intercâmbio entre os países.

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Nome do espaço

A sala foi batizada de Mário Juruna em homenagem ao líder indígena e político brasileiro. Nascido na aldeia xavante Namunkurá, ele foi o primeiro deputado federal indígena no Brasil.

Em seu mandato na casa, criou a Comissão Permanente do Índio, que se tornaria a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Morreu em 2002, aos 58 anos, vítima de complicações de diabetes crônica.

Memorial dos Povos Indígenas inaugura sala para atender estudantes