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15/05/2023 às 11:07, atualizado em 12/08/2023 às 11:55
Estão sendo investidos cerca de R$ 800 mil para reconstrução do equipamento público dentro dos padrões para competições nacionais e internacionais
A comunidade skatista do Distrito Federal tem motivos para comemorar. Uma das pistas mais tradicionais da capital está sendo reconstruída e vai se tornar a primeira profissional da cidade na modalidade skatepark. Antes com 1,2 mil m², o equipamento público passará a ter a extensão total de 1.648 m², com 1.498 m² só de pista. Estão sendo investidos pelo governo cerca de R$ 800 mil para beneficiar aproximadamente 2 mil pessoas.
A antiga pista foi completamente demolida para que fosse feita a construção de uma nova. Já foram executados os serviços de escavação, aterro, nivelamento e compactação do terreno; execução e ligação da rede de águas pluviais e revestimento com concreto magro da área construída. Agora, a obra está na etapa que consiste na execução da estrutura em malha metálica – instalação de ferros e telas – e na concretagem e polimento da pista.
“A pista está toda sendo construída praticamente artesanalmente, com técnicas e ferramentas diferentes para acertar a geometria que é exigida pelos atletas. Estamos tendo todo o cuidado para atendê-los”, afirma o chefe do Departamento de Edificações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Carlos Alberto Spies.
O projeto também atende às exigências da federação do esporte para que possam ser realizadas competições nacionais e internacionais da modalidade. A ideia é colocar Brasília no circuito das provas.
Tudo está sendo feito de forma especializada por uma empresa com expertise na construção de pistas de skates pelo Brasil. “É uma pista democrática que vai atender desde o skatista iniciante até um atleta de alto desempenho, um profissional”, revela o executor da obra, o empreiteiro Davi de Oliveira.
Para contemplar a modalidade skatepark estão sendo construídos diversos elementos no espaço, que tem duas pistas, sendo uma em menor profundidade para o público infantil. “O park é um compilado de vários obstáculos, desde vertical, borda, pirâmide, piscina, borda de metal. Aqui a gente tem de tudo. Tem banks (piscinas mais rasas), bowls (espécies de tigelas), transição baixa”, ressalta.
Obra aguardada
A reforma era uma demanda antiga dos atletas e amadores do esporte. A última obra na Sukata, como é popularmente conhecida a pista, foi feita há mais de dez anos.
“Aqui existia uma pista que, inclusive, foi a primeira de skate do Distrito Federal. Ela era velha mesmo e uma das mais deterioradas em atividade. Foi um sonho da comunidade que a gente pode realizar. Essa pista está se tornando a única do Centro-Oeste com padrões olímpicos”, afirma o administrador do Sudoeste, Octogonal e SIG, Reginaldo Sardinha, responsável pela emenda parlamentar que disponibilizou recursos para a licitação da Novacap.
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Morador do Cruzeiro Velho, o skatista Pedro Hugo Rocha, 30 anos, é um dos frequentadores da pista. Ele reforça que o espaço precisava de uma reforma. “Desde a primeira pista de 1997, ela nunca foi boa. Já é a segunda reforma. A outra foi há dez anos, e a empresa que fez não era especializada, então estragou em três meses e depois em um ano de novo”, lembra. O próprio grupo de skatistas da região chegou a fazer arrecadação de verbas para corrigir os problemas.
A reconstrução é vista pelos esportistas como uma solução. “Sem dúvida, vai ficar a melhor pista do DF. Dessa modalidade de skatepark há poucas em Brasília, porque a cidade é mais conhecida pelo street. Agora vai ficar tudo fácil, com pista boa e galera unida”, comenta.
Após a finalização da obra, a expectativa da administração regional é incentivar eventos e competições. “Essa pista mostrará que o Distrito Federal respeita a modalidade do skate”, defende o administrador Reginaldo Sardinha.