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23/05/2023 às 17:42, atualizado em 23/05/2023 às 18:59
A atividade integra a programação de prevenção a acidentes realizada pelo GDF. Até a primeira quinzena, nove mil pessoas haviam participado dos eventos da campanha
A ida do pequeno João Emanuel Vaz, 8 anos, ao Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) foi diferente nesta terça-feira (23). Enquanto esperava a consulta, o menino se deparou com uma equipe de educadores no hall da instituição encenando uma peça sobre educação no trânsito. Os personagens principais eram a faixa de pedestre e o cone.
“Eu achei a peça muito boa. Ensina um monte de coisa para quem não sabe, como passar no trânsito, na faixa e também na passarela”, conta, animado, João. A mãe dele, Camila Rafaela Vaz, também gostou da ação. “É uma iniciativa interessante porque as crianças ficam aqui esperando e ter alguma coisa para diverti-las informa e entretém ao mesmo tempo. Só vem para somar”, avalia.
A encenação faz parte da programação do Movimento Maio Amarelo 2023 promovida pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) com o intuito de conscientizar a população sobre os acidentes e as mortes no trânsito. Iniciada no começo do mês, a campanha já impactou nove mil pessoas com fiscalização, ações educativas, distribuição de kits, entre outros.
“É um mês muito importante para gente, porque, apesar de a gente cuidar do trânsito todos os dias do ano, o Maio Amarelo é o mês referência para prevenção de acidentes e mortes, então a gente enfatiza isso com campanhas, fiscalização e com educação”, afirma o presidente do DER, Fauzi Nacfur Junior.
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Ao longo desta terça-feira, crianças, pais, acompanhantes e funcionários do hospital poderão participar das atividades alusivas ao mês de forma gratuita. São encenações de peças educativas pelo programa Transitolândia, jogos de memória e dos sete erros, dinâmicas sobre os perigos de unir direção e bebida e um minicircuito com carros elétricos com possíveis situações que podem ocorrer no trânsito e como evitá-las.
“Firmamos essa parceria trazendo atividades educativas tanto para o público infantil quanto para o público adulto com o intuito de estar conscientizando. Além das atividades educativas, nossa intenção é trazer um pouco de alegria para essas crianças e seus familiares que estão passando por um momento sensível de tratamento de saúde”, explica a diretora de Educação de Trânsito do DER, Jucianne Nogueira.
Conscientização
Levar o projeto ao Hospital da Criança é visto pelo presidente do órgão também como uma espécie de formação dos futuros condutores. “Quando a gente vem para o Hospital da Criança, traz algo diferente, que alegra a vida das crianças e que passa um conhecimento em relação ao trânsito. Porque essas crianças daqui a alguns anos vão ser motoristas. Então elas vão interiorizando na cabeça o que é certo ou errado no trânsito”, revela Fauzi Nacfur Junior.
A diretora clínica do HCB, Elisa de Carvalho, conta que a parceria com o DER se alinha aos conceitos do hospital de como os pacientes infantis devem ser tratados. “Aqui, no Hospital da Criança, o foco são doenças de alta complexidade, mas a gente tenta ver a criança na sua integralidade e não apenas em seu diagnóstico. Dentro disso, cabem ações educativas, porque a gente tem que ensinar bons conceitos desde o início”, comenta.
Quem concorda com a percepção de que a educação do trânsito deve ser feita na infância é o eletrotécnico William Barbosa. Ele estava no hospital com a esposa, Taynara Menezes, e com as filhas Isabela, 7 anos, e Isadora, 2, quando viu o projeto. As meninas logo correram para brincar com os jogos de montagem do semáforo e dos sete erros. “Acho uma iniciativa muito boa, porque já ensina as crianças desde pequenas a ter uma educação no trânsito. Porque se você não é motorista é pedestre em algum momento”, diz.
[Olho texto=”“Aqui, no Hospital da Criança, o foco são doenças de alta complexidade, mas a gente tenta ver a criança na sua integralidade e não apenas em seu diagnóstico”” assinatura=”Elisa de Carvalho, diretora clínica do Hospital da Criança de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A estudante Lídia Emanuelle, 13 anos, vai voltar para casa cheia de aprendizados. “Não sabia que eu já poderia ir na frente no carro e também que tinha que colocar cadeirinha para crianças como meu irmão de 5 anos. Eu já vou avisar a minha mãe”, anuncia. A garota achou a experiência bem legal e divertida e fez questão de registrar o momento para a posteridade com fotos que postou nas redes sociais.
Até o fim do mês, as ações em alusão ao Maio Amarelo continuam. O encerramento será neste sábado (27), no Parque Rodoviário, em Sobradinho, com uma festa com exposição de carros antigos, teatro infantil e circuito de carros elétricos. “Tudo que envolve o nosso trânsito vai estar em ritmo de festa e todos estão convidados”, destaca o presidente do DER.