25/05/2023 às 14:20, atualizado em 25/05/2023 às 15:37

Cães farejadores de raça conceituada reforçam segurança no DF

Animais chegaram em 2021 e passaram por longo período de treinamento; esta é a primeira vez que PMDF atua com cães bloodhound

Por Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Patas grandes, orelhas alongadas e línguas compridas são algumas das características de Sherlock e Fiona — cães da raça bloodhound adquiridos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) — que os tornam os cães farejadores de uma das melhores raças do mundo.

Sherlock e Fiona passaram por mais de 12 meses em treinamento. A cadela até já conquistou um reconhecimento nacional que atesta sua aptidão física na busca e captura por odor específico, o Certificado do Grupo de Busca e Salvamento | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A raça já é conhecida: o famoso Pluto, personagem da Disney, é uma representação dos bloodhounds. Nas telinhas, ele é um cão destrambelhado, que sempre arranja muita confusão, mas no fim sempre acaba ajudando o Mickey a desvendar alguns mistérios.

Na vida real, isso não muda muita coisa. Sherlock e Fiona são muito brincalhões, mas sabem a hora certa de entrarem em ação. Eles são peças fundamentais para encontrar pessoas em áreas urbanas ou rurais.

A 2ª tenente Julie ressalta as qualidades e características dos cachorros bloodhound: “São cães extremamente brincalhões, dóceis e muito resistentes”

“Os cachorros bloodhound pesam entre 50 kg e 60 kg, com altura de até 60 cm. Eles podem viver até aproximadamente 13 anos, mas aqui na PMDF eles se aposentam aos 7. São cães extremamente brincalhões, dóceis e muito resistentes”, detalhou a 2ª tenente Julie. “É uma raça modificada cientificamente para rastreio”, confirmou.

Os cães desta raça são especialistas em fazer busca e captura por odor específico. Para isso, basta que seja fornecido algum cheiro que sirva de guia para Sherlock e Fiona — pode ser um chinelo, carteira, colar ou peças de roupa. Pelas partículas de cheiro eliminadas no ar, os cães começam a trilhar por onde o procurado esteve até que seja encontrado. Nada que uma boa comemoração, com muito carinho e interação, não sirva de recompensa.

Depois de mais de 12 meses em treinamento, Fiona conquistou um reconhecimento nacional que atesta sua aptidão física na busca e captura por odor específico, o Certificado do Grupo de Busca e Salvamento.

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As habilidades da Fiona também foram testadas e aprovadas pela nossa equipe de reportagem. Após receber o estímulo sensorial, a equipe se escondeu dentro de uma mata na área interna do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães). Sem muita dificuldade e precisamente em 1 minuto e 50 segundos, Fiona encontrou nossa equipe e recebeu muito carinho de recompensa.

Ocorrências

O BPCães conta com 56 animais, sendo 48 atuantes. Somente neste ano, de janeiro a abril, houve mais de 1.350 ocorrências que contaram com a atuação dos cães. Sherlock e Fiona, de janeiro a abril deste ano, já atuaram em 15 ocorrências — todas bem sucedidas.

Cães farejadores de raça conceituada reforçam segurança no DF