26/05/2023 às 10:34, atualizado em 26/05/2023 às 13:54

Cultivo protegido de mandioca é apresentado na AgroBrasília

A cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa, plantada em canteiros cobertos com filme plástico apresentou 90% de aumento da produtividade e redução da mão de obra

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Cultivar mandioca não é coisa nova. Cultivo sob mulching de hortaliças (canteiros cobertos com plástico) e com irrigação por gotejamento também não. Novidade mesmo é unir as três técnicas e é isso que a Emater apresenta no Circuito da Olericultura durante a AgroBrasília 2023, que segue até este sábado (27), no Núcleo Rural PAD-DF. No espaço, foi plantada a mandioca cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa, em canteiros cobertos com filme plástico de polietileno com irrigação por gotejamento e fertirrigação – técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado.

Tecnologia de cultivo da mandioca tem potencial de grande retorno financeiro para o produtor rural, segundo a Emater | Foto: Ana Nascimento/Emater

Resultado de experimentos realizados pela Embrapa e empregados por diversos agricultores do DF, com assistência da Emater, a tecnologia indica a possibilidade de aumento de cerca de 90% na produtividade. Além disso, foram observadas a redução na necessidade de irrigação pela diminuição de perda d’água por evaporação direta e a otimização no uso de fertilizantes.

[Olho texto=”Além do cultivo protegido da mandioca, o Circuito de Olericultura da Emater vai apresentar muitas outras tecnologias empregadas no cultivo de hortaliças. Os visitantes vão conhecer seis cultivares de tomate, uma de pimentão, uma de feijão-vagem, uma de jiló e uma de repolho roxo, todas plantadas dentro de estufa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A cultivar BRS 429 tem características comerciais bastante atrativas, como excelente produtividade, tolerância às principais doenças, porte ereto que facilita o manejo, 20 minutos de tempo médio de cozimento e a cor da polpa é amarelo intenso. De acordo com o coordenador do circuito de Olericultura da Emater-DF na AgroBrasília 2023, Antonio Dantas, a tecnologia foi escolhida por apresentar uma opção viável de investimento com grande retorno financeiro para o produtor rural, além de reduzir a necessidade de serviços e de mão de obra, que representa redução significativa de custos ao produtor.

“O uso correto das tecnologias disponibilizados pela pesquisa e a adequada gestão da propriedade têm sido fatores que levam ao sucesso e à manutenção da viabilidade dos empreendimentos dos pequenos agricultores. A Emater tem se esforçado para construir alternativas junto dos agricultores e essa tecnologia que vamos apresentar é uma dessas iniciativas”, ponderou Antonio Dantas.

Olericultura

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Além do cultivo protegido da mandioca cultivar BRS 429, o Circuito de Olericultura da Emater vai apresentar muitas outras tecnologias empregadas no cultivo de hortaliças. Os visitantes vão conhecer seis cultivares de tomate, uma de pimentão, uma de feijão-vagem, uma de jiló e uma de repolho roxo, todas plantadas dentro de estufa. Em ambiente protegido, também estarão plantas medicinais e aromáticas.

Serão apresentadas, ainda, hortaliças folhosas cultivadas em canteiros hidropônicos e em cultivo protegido sob mulching com irrigação por gotejamento. Além das folhosas, foram plantados jiló e berinjela sob mulching, com irrigação por gotejamento. Também será apresentado o plantio do maxixe feito sob cobertura morta de plástico e de matéria orgânica. Finalizando as demonstrações tecnológicas usadas no cultivo de olerícolas, será apresentada a aplicação de agrotóxicos por meio de drones.

Segundo o Relatório de Atividades Agropecuárias do Distrito Federal feito pela Emater em 2022, a olericultura produziu 238.952 toneladas de produtos, numa área plantada de 8.214,234 hectares. O tomate lidera o ranking com 34.509,78 toneladas, seguida da alface, com 23.263,22 toneladas.

*Com informações da Emater