Órgãos da construção civil visitam obras do Drenar DF

Alagamentos e enxurradas, em breve, não serão mais realidade na Asa Norte. Com aporte de R$ 174 milhões, a primeira etapa do projeto Drenar DF duplicará a capacidade de escoamento da água pluvial na área central de Brasília. Para tanto, está em construção uma nova tubulação, a partir das redondezas da Arena BRB Mané Garrincha. Até esta sexta-feira (24), foi escavado 1,5 km de túnel horizontal do total de 7,68 km contratados.

A rede seguirá em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte, até chegar ao Lago Paranoá. Uma bacia de retenção está sendo construída ao final do percurso. Dividido em cinco lotes, o projeto é executado pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).

Até esta sexta-feira, foi escavado 1,5 km de túnel horizontal do total de 7,68 km | Fotos: Lúcio Bernardo Jr. /Agência Brasília

“A rede existente não está sendo desconsiderada nem está sendo eliminada. Estamos criando outra rede em paralelo à existente para duplicar a capacidade do sistema como um todo”, explica o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. Seis pontos do sistema antigo serão interceptados pelo novo.

[Olho texto=”“É uma obra simbólica, necessária para a cidade”” assinatura=”Dionyzio Klavdianos, diretor do Sinduscon” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A abertura das galerias usa a tecnologia tunnel liner, que concentra os serviços no subterrâneo e é executada manualmente, com pás e picaretas. O acesso é feito por poços de visita, abertos na superfície até que se alcance a profundidade necessária, que pode chegar a 22 metros. A partir deles, é feita a escavação das galerias. Já foram escavados cerca de 282 m de túnel vertical, referentes aos PVs, em 39 pontos diferentes.

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Hamilton Lourenço, diretor técnico da Terracap, explica que seis pontos do sistema antigo serão interceptados

Desde março, a Terracap realiza visitas técnicas nos canteiros do Drenar DF, com o objetivo de difundir informações sobre a obra. Nesta sexta-feira (26), participaram a Cooperativa da Construção Civil do Distrito Federal (Coopercon-DF) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF).

O presidente da Coopercon, Marcelo Accioly, afirmou que a visita técnica abriu novas possibilidades econômicas. “Com mais informação, as empresas do Distrito Federal podem ter mais possibilidades de participar desse tipo de obra, que é a modalidade de licitação”, apontou.

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Já o diretor do Sinduscon, Dionyzio Klavdianos, reconheceu a importância da construção para resolver um problema antigo da população. “Finalmente a obra está acontecendo, e é até simples no que tange à questão da técnica de engenharia. Veja, é uma obra basicamente manual, em que os funcionários cavam a mão o sistema, super-rudimentar nesse sentido. Mas, claro, atrás de tanto rudimento tem muita engenharia aplicada”, disse. “É uma obra simbólica, necessária para a cidade”.

Morador da Asa Norte há 18 anos, o corretor de seguros Reginaldo Balbino, 51 anos, espera uma nova realidade com a conclusão da obra de drenagem. “Nossa expectativa é de que melhore, sim. Esse problema vem de anos. Acredito que o investimento nessa obra vai nos ajudar muito”.