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26/05/2023 às 16:35
Cada escola pode inscrever um trabalho, em andamento ou já realizado, até 5 de junho
Com o objetivo de incentivar, valorizar e dar visibilidade às práticas educativas que contribuem para a prevenção, o enfrentamento e o combate a violência contra meninas e mulheres, a Secretaria de Educação (SEE), por meio da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), lançou o edital de processo seletivo interno para escolher práticas exitosas que abordam a temática nas escolas da rede pública de ensino do DF.
[Olho texto=”“Trabalhar o tema nas escolas, durante toda a educação básica, é um dos fatores cruciais no enfrentamento a esse tipo de crime” ” assinatura=”Wagner Lemos, diretor da Gerência de Pesquisa, Avaliação e Formação Continuada” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Abertas nesta sexta (26), as inscrições devem ser feitas via Sistema Eletrônico de Informações (SEI) até 5 de junho. As orientações quanto ao formulário de inscrição também estão disponíveis no link do edital. Cada escola pode inscrever um projeto, podendo participar profissionais da educação – servidores da carreira magistério, da carreira assistência, efetivos ou de contratação temporária. O trabalho pode estar em andamento ou já ter sido realizado.
“Os profissionais que tiverem trabalhos selecionados poderão participar de uma formação [como convidados] para apresentar os trabalhos realizados nas escolas, e poderão publicar os projetos na revista Com Censo. Dessa forma, fortalecemos a Política de Enfrentamento à Violência contra Meninas e Mulheres, pois ocorrerá o fomento de novas práticas pedagógicas sobre o tema”, afirma a subsecretária de Formação Continuada dos Profissionais da Educação, Maria das Graças de Paula Machado.
Para o diretor da Gerência de Pesquisa, Avaliação e Formação Continuada dos cursos de Gestão Escolar, Carreira Assistência, Orientação Educacional e Eixos Transversais (Goet), Wagner Lemos, combater o ciclo da violência contra a mulher vai além da penalização criminal.
“Trabalhar o tema nas escolas, durante toda a educação básica, é um dos fatores cruciais no enfrentamento a esse tipo de crime”, atenta o gestor. “Para que essas lições sejam ensinadas aos estudantes, é necessário que os profissionais da educação participem das formações específicas sobre a temática para conhecerem e trabalharem com as legislações existentes.”
Em 2022, o espetáculo de teatro Fórum Retratos do Cotidiano foi o primeiro colocado na terceira edição do Concurso de Seleção de Práticas Inovadoras do programa Maria da Penha Vai à Escola, instituído pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Avaliação
Para avaliar os trabalhos inscritos, uma comissão formada por gestores da Eape vai considerar os critérios de replicabilidade, sustentabilidade, inovação/originalidade e resultados. Na primeira fase, haverá a leitura e análise dos projetos inscritos pela comissão. A divulgação dos trabalhos selecionados para a segunda fase está prevista para 9 de junho, e o resultado final do processo seletivo, para 19 de junho.
O documento torna-se fundamental para que outros professores possam trabalhar a temática violência de gênero na sala de aula ou elaborem novas alternativas ou projetos que promovam um espaço de reflexão dentro da escola”, avalia o professor de artes do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Marcelo D’Lucas. “Dessa forma, os estudantes poderão compreender como o machismo estrutural é nocivo para a sociedade.”
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Nova formação
Neste ano, para orientar os projetos novos voltados ao enfrentamento da violência de gênero e reorientar os trabalhos já existentes, uma ação formativa foi elaborada pela equipe que atua na Goet.
Para estudar a temática, no segundo semestre, os profissionais da educação poderão participar do percurso formativo “Trabalhando a valorização de meninas e mulheres para o enfrentamento das violências”. Neste semestre, essa ação formativa também ocorre por meio de atividades pedagógicas que integram o projeto Eape vai à Escola (Evae).
“O curso possui 90 horas-aula e aborda análises quanto às perspectivas de raça, classe, orientação sexual, etnia e outras identidades sociais nas questões de gênero”, pontua a coordenadora dos eixos transversais, Angélica Lima. “Ele busca compreender a forma como mulheres e homens são socializados durante a construção social, além de buscar também entender as desigualdades e as diferenças naturalizadas pela sociedade entre meninas e meninos, como estimular a promoção do respeito, da tolerância e da equidade entre meninas e meninos e, por fim, desenvolver ações voltadas ao enfrentamento de todos os tipos de violência contra meninas e mulheres no ambiente escolar.”
*Com informações da Secretaria de Educação