27/05/2023 às 08:27

Orquestra Alada Trovão promove cultura popular no DF

Com incentivo de programa do governo, projeto leva teatro de rua para a população

Por Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

O projeto Um Teatro Chamado Rua tem levado cultura para a população em diversas regiões de Brasília. A tradicional Orquestra Alada Trovão da Mata ocupa diferentes espaços do DF, entre os meses de maio e junho, com o seu mais novo espetáculo: As Feiticeiras do Cerrado e a Onça Pintada de Sol. A temporada é de fins de semana e começa neste sábado (27).

Montagem teatral, que costuma ser apresentada ao ar livre, propõe um novo olhar sobre o cerrado, a partir de uma mitologia contemporânea | Foto: Divulgação/Claraboia Filmes/Raissa Azeredo

Com recursos de R$ 140 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o grupo trabalhará no projeto por 12 meses. A peça entra em cartaz neste sábado (27) no Gama e, em 11 e 25 de junho, respectivamente no Paranoá e na Asa Norte – no Eixão do Lazer. Todas as apresentações são gratuitas, com classificação indicativa livre e intérprete de Libras. 

Mitologia do cerrado

[Olho texto=”“A gente não está aqui para agradar ninguém, já tem muitos grupos que fazem isso muito bem. Estamos aqui pra assustar um pouco”” assinatura=”Tico Magalhães, autor do espetáculo” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O espetáculo conta com 60 brincantes, que criam em suas apresentações uma experiência lúdica, musical e visual. Com a missão de cortejar as sagradas figuras do mito do Calango Voador, a história escrita por Tico Magalhães divide-se em três partes: a criação do mundo, o surgimento do cerrado e o nascimento de Brasília.

A Orquestra Alada Trovão da Mata brinca com as modernas figuras dessa mitologia e assume a cidade como seu principal cenário, além de levar, em seu batuque, um ritmo próprio: o samba pisado. “É um pulso que só nós tocamos”, ressalta Tico Magalhães, fundador dos grupos populares Seu Estrelo e Fuá do Terreiro.

O objetivo da peça, afirma ele, é relembrar o encantamento pela vida e trazer um olhar novo para a cidade e o cerrado. “A gente quer assombrar o mundo”, diz. “A cultura popular tem esse poder de anunciar o novo, relembrando as coisas para a gente, da comunidade, da coletividade. A gente não está aqui para agradar ninguém, já tem muitos grupos que fazem isso muito bem. Estamos aqui pra assustar um pouco”.

Retorno

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O Centro Tradicional de Invenção Cultural é a sede dos grupos culturais Seu Estrelo e Fuá de Terreiro, e oferece oficinas artísticas. A escola fica na 813 Sul, na Avenida das Nações. De acordo com Tico Magalhães, a cidade tem recebido bem as apresentações.

Além das oficinas sempre cheias, o Seu Estrelo, conta ele, já é utilizado como referência no Programa de Avaliação Seriada (PAS), da Universidade de Brasília (UnB). “Sinto que nossa função é levar essa cultura moderna, apresentar algo novo ao país”, ressalta.

Serviço

As Feiticeiras do Cerrado e a Onça Pintada de Sol

? Sábado (27): às 21h, no Teatro Paulo Gracindo/Sesc Gama.
?? 11/6: às 18h, na Praça Pé de Vento, Paranoá.
?
25/6: às 16h30, na 211 Norte (Eixão).
Classificação indicativa livre. Entrada gratuita. Todas as apresentações terão intérprete em Libras.