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04/06/2023 às 16:21
Escola de Planaltina forma jovens críticos e conscientes, capazes de lidar com os desafios da era digital
Um trabalho inovador desenvolvido por um professor da rede pública tem preparado estudantes do ensino médio para lidar com o mundo do trabalho e a tomada de decisões na vida adulta. Em uma oficina do projeto O Mundo das Fake News, o professor Moisés Gonçalves da Silva, do Centro de Ensino Médio 01 (Centrão), de Planaltina, prepara os alunos para serem cidadãos críticos e conscientes, capazes de lidar com os desafios da era digital de forma responsável e ética.
“O projeto visa acabar ou tenta diminuir os estragos que as fake news geram em adolescentes do 1º, 2º e 3º anos do ensino médio”, explica o educador. “A divulgação de notícias falsas pode interferir negativamente em vários setores da sociedade, como educação, política, saúde e segurança”. Moisés foi um dos finalistas do Prêmio Educador Transformador, uma iniciativa do Sebrae, em parceria com o Instituto Significare e a Bett Brasil.
[Olho texto=”“Tento repassar a verdade para o máximo de pessoas possível, por meio das redes sociais” ” assinatura=”Julyana Antunes, aluna” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Para conscientizar os alunos, há aulas expositivas, debates, produção de materiais educativos e campanhas nas redes sociais. Assim, os projetos contam com professores de diversas disciplinas, como Português, História e Artes Cênicas, para uma abordagem interdisciplinar integrada do tema.
Checagem de informações
Durante as aulas, os alunos são incentivados a pesquisar e checar a veracidade das informações que encontram na internet antes de compartilhá-las, além de aprenderem a identificar as características de uma notícia falsa. “A disseminação desse tipo de informação falsa causa confusão nos alunos – muitos relataram que não conseguem distinguir quais notícias são falsas ou verdadeiras”, relata o professor.
A estudante Julyana Rodrigues de Jesus Antunes, 18 anos, participou da recente edição do projeto e conta que a oficina despertou nela o interesse de pesquisar sobre as informações que chegam até ela. “Passei a me aprofundar nos assuntos; pesquiso em sites, redes sociais confiáveis”, diz. “Tento repassar a verdade para o máximo de pessoas possível, por meio das redes sociais”.
As aulas são ministradas às segundas, terças e quintas. Entre as várias atividades, os estudantes participam de eventos relacionados ao tema abordado e assistem a palestras e debates, bem como são estimulados a produzir conteúdos informativos sobre o assunto. Mensagens como “discurso de ódio não é liberdade de expressão” e “palavras também machucam” estão espalhadas por toda a escola.
Além de conscientizar os alunos sobre os perigos das notícias falsas, o projeto tem a meta de capacitá-los para serem disseminadores de informações corretas e confiáveis em suas comunidades.
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Educador Transformador
O Prêmio Educador Transformador visa reconhecer e celebrar os educadores de todo o país que fazem a diferença na vida de seus alunos com projetos inovadores. O objetivo é encorajar os estudantes a desenvolverem ideias e respostas para problemas reais do cotidiano.
Na edição deste ano, três trabalhos da rede pública do Distrito Federal foram finalistas: os projetos Ciência é ouro: costurando os saberes, da Escola Classe (EC) Córrego do Ouro, em Sobradinho; Energia solar fotovoltaica, do CEF 11, do Gama, e O mundo das fake news, do Centro de Ensino Médio 01, em Planaltina.
*Com informações da Secretaria de Educação