28/06/2023 às 16:11, atualizado em 28/06/2023 às 17:49

Hran oferece sete variedades de soros para vítimas de animais peçonhentos

Hospital também distribui material para mais dez locais da rede pública de saúde do DF, todos aptos a receber pacientes nessas situações

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) dispõe de sete variedades de soros para vítimas de animais peçonhentos e segue com os acolhimentos. Além disso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) disponibiliza outros dez locais aptos a receber qualquer paciente nessas condições. É falsa, portanto, a informação que circula no WhatsApp de que o Hran não realizará mais o atendimento a acidentes deste tipo.

O Hran dispõe de todos os tipos de soros para vítimas de animais peçonhentos, distribuindo às outras unidades da rede pública e para a rede privada | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

De acordo com a gerente da Rede de Frio, Tereza Pereira, a imagem com o dado equivocado circulou ainda na pandemia quando o Hran passou a atender apenas pacientes vítimas da covid-19. Na época, alguns serviços do hospital foram remanejados para outras unidades da rede. “Essa é uma mensagem antiga e que não é válida há um tempo. A unidade já está com o serviço normalizado, mas a mensagem volta a circular, principalmente, quando temos casos divulgados pela imprensa”, ressalta.

[Olho texto=”“É fundamental que a vítima procure um médico imediatamente e, caso consiga pegar, tente levar o animal junto. Ou até mesmo fazer uma foto. Isso facilita na escolha de qual soro indicar. Qualquer minuto pode fazer toda a diferença”” assinatura=”Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio” esquerda_direita_centro=”direita”]

O Hran é a referência técnica e o único que dispõe de todos os tipos de soros, distribuindo, inclusive, para a rede privada, e a outras unidades da rede pública. São elas: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, e hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Gama (HRG), Planaltina (HRPl), Santa Maria (HRSM), Sobradinho (HRS) e Taguatinga (HRT). Todas apresentam condições de atender com o soro antiveneno, não sendo necessário buscar as unidades de emergência por tipo de picada.

Arte: Divulgação/SES

Apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe desses materiais, produzidos pelo Instituto Butantan, o maior em desenvolvimento de vacinas e soros da América Latina. Conhecidos como soros antipeçonhentos, eles são utilizados em casos de picada de cobra, escorpião e aranhas. Tereza destaca que não há necessidade de associar um hospital a um tipo de soro ou bicho. Em caso de acidente, a pessoa deve procurar as emergências de qualquer unidade mencionada acima.

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“É fundamental que a vítima procure um médico imediatamente e, caso consiga pegar, tente levar o animal junto. Ou até mesmo fazer uma foto. Isso facilita na escolha de qual soro indicar. Qualquer minuto pode fazer toda a diferença”, explica a gerente. A área técnica lembra que não é adequado fazer torniquetes ou garrotes ou colocar substância no local da picada.

Soros produzidos no Brasil

Saiba quais são os soros disponíveis no país:

? Antiaracnídico: contra o veneno de aranhas do gênero Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha-marrom) e escorpiões brasileiros do gênero Tityus.

? Antiescorpiônico: contra o veneno de escorpiões brasileiros do gênero Tityus.

? Antilonômico: contra o veneno de taturanas do gênero Lonomia.

? Antibotrópico: contra o veneno de jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara.

? Anticrotálico: contra o veneno de cascavel.

? Antilaquético: contra o veneno de surucucu.

? Antielapídico: contra o veneno de coral.

*Com informações da Secretaria de Saúde