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28/06/2023 às 12:00
Iniciativa faz parte de uma força-tarefa para aperfeiçoar a linha de cuidado na área. Estratégia já reduziu mais de 20% da lista de espera por consultas
A assistência relacionada aos pacientes com câncer conta com o trabalho de toda a rede de saúde: desde o rastreamento e a identificação de sinais clínicos sugestivos de câncer pela Atenção Primária à Saúde (APS), passando por exames, biópsia, diagnóstico e intervenção dos especialistas, até chegar ao protocolo de tratamento pela oncologia.
Com o objetivo de aperfeiçoar esse atendimento, mais de 700 médicos da APS têm recebido instruções sobre os critérios de compartilhamento do cuidado oncológico. Neste mês de junho, foram abertas oito turmas de até 90 profissionais de todas as regiões de saúde do Distrito Federal. As práticas ocorrem no turno matutino e são ministradas por servidores da própria Secretaria de Saúde do DF (SES-DF).
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destaca que a iniciativa é mais uma ação para aprimorar a assistência ao usuário dos serviços de saúde. “Estamos implementando uma série de medidas para que o cidadão receba o melhor atendimento, desde o processo de marcação de consultas até protocolos utilizados pelos profissionais de saúde. O treinamento dos médicos reflete esse esforço da pasta na busca por uma assistência de excelência e, consequentemente, na diminuição da espera por uma consulta especializada”, afirma.
A qualificação proporciona conhecimento para atualização quanto aos critérios de alta suspeita de câncer e permite a qualificação do registro na lista de espera do Sistema de Regulação dos Pacientes Oncológicos (Sisreg III).
A médica de família e comunidade Samanta Hosokawa, da Equipe de Saúde de Consultório na Rua de Taguatinga, explica que o conhecimento aplicado irá melhorar o serviço prestado: “Esperamos ser capazes de dar mais celeridade ao atendimento, propiciando maior possibilidade de sucesso no tratamento e no aumento da sobrevida. Hoje mesmo, antes de participar do curso, atendi um paciente que está em tratamento oncológico no HRT [Hospital Regional de Taguatinga]. Com as informações apresentadas no curso, posso ter mais clareza sobre o fluxo adequado e ter êxito na assistência”, ressalta a profissional.
[Olho texto=”“Estamos implementando uma série de medidas para que o cidadão receba o melhor atendimento, desde o processo de marcação de consultas até protocolos utilizados pelos profissionais de saúde”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
As instruções acerca do fluxo de atendimento oncológico também irão se estender para os demais níveis de assistência. O médico de família e comunidade Wesley Júnior, da Gerência de Serviços de Atenção Primária (GSAP) nº 17 de Ceilândia, avaliou como positiva a participação no curso.
“Esses espaços de educação permanente são muito valiosos para estarmos sempre atualizados, adotando a melhor conduta com os nossos pacientes. Na SES-DF, que dispõe de uma enorme estrutura, é importante empregarmos essa visão global, especialmente em relação aos fluxos de atendimento. Já irei aplicar esse conteúdo de imediato”, afirma o médico.
Força-tarefa em cuidados oncológicos
A ação educativa é uma etapa subsequente da força-tarefa formada pelas equipes dos hospitais de alta complexidade oncológica do DF. Por três semanas, os servidores do Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal (CRDF) e da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan), ao lado de profissionais do Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Universitário de Brasília (HUB), analisaram os dados dos usuários inscritos no CRDF.
A análise permitiu uma redução de mais de 20% da lista de espera para consultas oncológicas. A Asccan, em articulação com o CRDF e a Secretaria-Adjunta de Assistência à Saúde (SAA), disponibilizou à rede um fluxo de organização dos encaminhamentos para as consultas dessa especialidade.
“Esse é só o começo dos nossos trabalhos. O objetivo é construir a linha de cuidado na assistência oncológica, atualmente representada pelas notas técnicas e protocolos assistenciais. Nossa intenção é unificá-los em um referencial padrão, que é a Linha de Cuidado do Paciente Oncológico”, explica o Assessor de Política de Prevenção e Controle do Câncer, Gustavo Ribas.
Rede completa de atendimento
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O DF conta com três hospitais de alta complexidade oncológica. A porta de entrada para o atendimento são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Nos casos suspeitos, o paciente é encaminhado ao especialista.
Nos hospitais regionais da capital são realizados exames de imagem específicos e exames de estadiamento. A partir do resultado da biópsia, caso sejam diagnosticados com câncer, os pacientes são encaminhados às unidades de alta complexidade em oncologia do HBDF, do HRT ou do HUB.
*Com informações da Secretaria de Saúde