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30/06/2023 às 13:05
Vacinação entre cães e gatos e profilaxia pré e pós-exposição são algumas das iniciativas para evitar novos casos da doença
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda. Apesar de o Distrito Federal ter registrado apenas duas confirmações da doença — em 1978 e em 2022 —, a raiva chama atenção para a letalidade, que ocorre em aproximadamente 100% dos casos.
Em nível nacional, o Brasil registrou cinco casos de raiva humana em 2022, segundo o Ministério da Saúde. Até maio deste ano, já são dois casos notificados — um em Minas Gerais, transmitido por um bovino infectado com variante de morcego, e o outro no interior do Ceará, onde um homem de 34 anos foi agredido por um macaco.
[Olho texto=”“O mais importante é a prevenção contra a raiva, que é uma doença sem cura e letal. A única forma de conviver com os pets é mantendo-os vacinados, porque, se o animal tiver algum contato com o vírus, ele pode transmitir para o ser humano”” assinatura=”Isaias Chianca, gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses” esquerda_direita_centro=”direita”]
O Governo do Distrito Federal (GDF), em atenção à alta taxa de letalidade de vítimas acometidas pela doença, promove ações profiláticas que podem evitar a evolução da doença, quando diagnosticada precocemente em humanos. A primeira iniciativa é a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos, que, se contaminados, podem ser os transmissores da doença.
“O mais importante é a prevenção contra a raiva, que é uma doença sem cura e letal. A única forma de conviver com os pets é mantendo-os vacinados, porque, se o animal tiver algum contato com o vírus, ele pode transmitir para o ser humano”, defendeu o gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Isaias Chianca.
Somente neste mês, durante a campanha anual de vacinação contra raiva em cães e gatos, mais de 40 mil animais já foram vacinados. A previsão é que, ao fim da campanha, em 30 de setembro, 250 mil animais estejam imunes ao vírus.
Em casos de contato com o vírus, surgem os sinais e sintomas clínicos da doença, que duram de dois a dez dias. Nesse período, o paciente apresenta mal-estar geral, dores de cabeça, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Para a suspeição, esses sintomas precisam estar associados a algum episódio de arranhadura, mordedura ou lambedura por animais infectados.
“Com esses sintomas, e existindo algum caso em que pode ter ocorrido a contaminação, já levanta-se a suspeita. E essa simples suspeição já exige, de maneira imediata, a utilização da vacina pós-exposição, que vai gerar estímulos no organismo para a produção das células que vão combater o vírus. Dependendo da situação, aplica-se também o soro, que são células já produzidas que vão neutralizar a ação do vírus no organismo”, afirmou o diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES), Fabiano dos Anjos.[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]
Tanto a vacina quanto o soro estão disponíveis na rede pública de saúde. Confira aqui a lista de salas de vacinas e horário de atendimento em que se realiza a profilaxia da raiva humana pós-exposição e as unidades hospitalares que fazem aplicação de vacina e/ou soro e imunoglobulina antirrábica humana.
Os profissionais que têm risco de exposição permanente ao vírus da raiva durante as atividades ocupacionais — como biólogos, médicos veterinários, zootecnistas e pesquisadores de campo — devem manter o acompanhamento regular da titulação de anticorpos.
– Confira aqui a lista de locais, dias e horário de atendimento em que se realiza a profilaxia pré-exposição antirrábica humana
– Confira aqui os locais de coleta de sorologia para controle sorológico pós esquema pré-exposição antirrábica humana