08/07/2023 às 12:13

Índices criminais registram queda de homicídios no 1º semestre

Balanço da Secretaria de Segurança Pública revela ainda que o número de vítimas deste crime, em junho deste ano, é o menor para o mês desde 2000

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

O Distrito Federal tem se mantido em constante queda nos principais índices criminais devido à integração do trabalho, à utilização de tecnologia e inteligência policial, assim como à constante melhoria dos processos de gestão e ao estreitamento do relacionamento com setores diversos da sociedade civil. A redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e dos homicídios no mês de junho e no acumulado dos primeiros seis meses do ano vem se mantendo no comparativo com 2022, ano em que o DF atingiu o menor índice de homicídios dos últimos 46 anos.

[Olho texto=”“Estamos empenhados em promover a integralização do nosso trabalho não apenas com as forças de segurança, mas também com outros órgãos governamentais e da sociedade civil, incluindo os Conselhos Comunitários de Segurança”” assinatura=”Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O número de vítimas de CVLIs – que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – também foi o menor em 24 anos, com 141 registros. Isso representa queda de 1,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Em relação ao crime específico de homicídios, no mesmo período, foram registrados 130 casos, a menor marca desde 2000 (24 anos), quando foram contabilizadas 293 vítimas, ou seja, 163 vítimas a menos, mesmo com o aumento da população no decorrer de mais de duas décadas.

Artes: Ascom SSP-DF

“Estamos empenhados em promover a integralização do nosso trabalho não apenas com as forças de segurança, mas também com outros órgãos governamentais e da sociedade civil, incluindo os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs)”, afirma o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. O secretário ressalta a importância de atuar de forma estratégica e regional, por meio de estudos e análises das microrregiões, a fim de aproximar ainda mais o trabalho da realidade da população de cada região administrativa. “Essa abordagem visa compreender, ainda, quais crimes e desordens estão atualmente impactando a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos”, destaca.

Violência contra a mulher

De acordo com a última atualização feita pelo painel de monitoramento de feminicídios, de janeiro até sete de julho deste ano, foram registradas 20 vítimas deste crime no DF. No mesmo período do ano passado foram seis casos. O Governo do Distrito Federal (GDF) possui a Rede Distrital de Proteção à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. Na prática, isso permite a integração dos diversos órgãos do poder público que já vem traçando, em conjunto, políticas de prevenção e de combate à violência contra a mulher.

O secretário Sandro Avelar ressalta a importância de atuar de forma estratégica e regional, por meio de estudos e análises das microrregiões, a fim de aproximar ainda mais o trabalho da realidade da população de cada região administrativa | Foto: Divulgação SSP-DF

“O enfrentamento à violência contra a mulher é complexa e precisa ser entendida e tratada da perspectiva da integralidade de ações, envolvendo diversos segmentos de governo, da Justiça e da sociedade civil. Temos um programa específico dedicado a esse tema, com ações e tecnologias para coibir essa forma de violência, como o serviço inovador que monitora vítima e agressor 24 horas por dia, impedindo que se aproximem. Está em andamento, ainda, a implementação de novas estratégias para simplificar e ampliar o acesso das vítimas às tecnologias de proteção disponíveis”, destaca o titular da pasta, Sandro Avelar.

Crimes contra o patrimônio

Os seis principais crimes contra o patrimônio, que impactam diretamente na sensação de segurança da população, estão queda no primeiro semestre deste ano. São eles: os roubos a transeunte, em transporte coletivo, de veículo, em comércio, em residência e o furto em veículo.

No roubo em transporte coletivo, uma das principais preocupações da sociedade e das forças de segurança, a redução foi de 35,6% no semestre, passando de 427, ano passado, para 275 este ano, o que corresponde a 152 ocorrências a menos. Se analisarmos somente o mês de junho, a redução é de 30%, de 50 para 35 casos. Cabe destacar que a SSP/DF iniciou, no início do ano, uma série de ações específicas envolvendo forças de segurança, a Secretaria de Mobilidade, representantes de empresas de ônibus, entre outros órgãos, para o enfrentamento a este crime.

Os roubos em comércio caíram de 360 para 301 no comparativo dos primeiros seis meses, 16,4% de redução. Nos roubos a transeunte, de veículo, e em residência, as reduções no comparativo semestral foram de, respectivamente, -18,3%, -17% e -22,6%. No caso dos furtos em veículos, que é quando objetos são subtraídos sem que a vítima perceba, por exemplo, a queda foi de 17,3%.

Sequência histórica

Entre 2000 e 2012 o número de homicídios oscilou de 293 para 413 vítimas. No entanto, a partir de 2013, com a implementação de uma política de gestão integrada, os índices de homicídios começaram a cair, ano a ano, chegando, em 2022, ao menor índice dos últimos 46 anos. Em 2023, o número de crimes letais contra a vida segue em queda.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

Essa política, estruturada em 2012, possui uma série de mecanismos para fortalecimento da integralização entre forças de segurança e governo, aumentando a participação da sociedade civil e suas instituições na elaboração de políticas públicas e, ainda, com a produção sistemática de estudos voltados à análise criminal e de desordens nas microrregiões, com ações cada vez mais pontuais nas cidades.

“De dez anos para cá, essa nova forma de gestão da segurança pública vem se aperfeiçoando e os resultados, consequentemente, sendo alcançados. Podemos afirmar que o DF tem, atualmente, um caminho delineado a seguir quando se trata de gestão de segurança pública que, naturalmente, deve ser constantemente reavaliada e ajustada”, avalia o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública