23/07/2023 às 10:23

Plano distrital cria medidas de proteção para produção de peixes do DF

‌Documento estabelece a realização de visitas e inspeções às propriedades de criação e a locais de abate e beneficiamento de pescado

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, na última semana, o Plano Distrital de Vigilância e Boas Práticas em Aquicultura (PDVAq), com o objetivo de proteger os cultivos de doenças e garantir a qualidade do pescado consumido pelos brasilienses.

[Olho texto=”“O DF é considerado o terceiro maior consumidor de pescados do Brasil e apenas 20% desse consumo é produzido aqui. Então, temos margem para crescimento, com público interessado nos produtos”” assinatura=”Ricardo Raposo, analista de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária” esquerda_direita_centro=”direita”]

Em execução desde janeiro, as medidas do plano incluem a realização de visitas às propriedades para observação de uso de boas práticas e medidas de biosseguridade e profilaxia de doenças, inspeção clínica nos estabelecimentos de abate e beneficiamento de pescado, entre outras ações. O Distrito Federal reúne 907 explorações de animais aquáticos, conforme cadastro de junho da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri).

?O documento foi desenvolvido pela Subsecretaria de Defesa Agropecuária, com base em informações sanitárias das aquiculturas, dados de produção aquícola e análises de vigilância produzidos pela Coordenação de Epidemiologia.

Segundo o analista de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária da Seagri, Ricardo Raposo, as ações estratégicas visam o controle, erradicação e detecção precoce de doenças para minimizar possíveis prejuízos econômicos. As diretrizes beneficiarão também os consumidores dos pescados locais.

As medidas do plano incluem a realização de visitas às propriedades para observação de uso de boas práticas e medidas de biosseguridade e profilaxia de doenças, inspeção clínica nos estabelecimentos de abate e beneficiamento de pescado, entre outras ações | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“Aumentar a proteção das propriedades em relação às doenças é automaticamente melhorar a qualidade do pescado do DF”, pontua Raposo. “O DF é considerado o terceiro maior consumidor de pescados do Brasil e apenas 20% desse consumo é produzido aqui. Então, temos margem para crescimento, com público interessado nos produtos.”

O cultivo instalado na capital federal está distribuído em 625 propriedades diferentes, sendo 556 de tilápia – equivalente a 88% do total, 101 de peixes redondos como tambaqui, pacu e pirapitinga; 46 de pintado, 64 de peixes ornamentais como carpas de produção e kinguios, 12 de crustáceos (camarão-cinza, camarão-gigante-da-Malásia, caranguejo-uçá etc), 2 de anfíbios e o restante composto por pequenas quantidades de diversas espécies de peixes.

O PDVAq será aplicado em todas as regiões administrativas e pode ser atualizado sempre que necessário. As informações obtidas nas propriedades rurais são computadas em relatório para análise do que pode ser melhorado ou modificado.

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Os objetivos do Plano Distrital de Vigilância e Boas Práticas em Aquicultura são:
– Robustecer as ações de vigilância de doenças na produção aquícola do Distrito Federal
– Reduzir os impactos econômicos na cadeia de aquicultura local decorrentes de doenças existentes no país e prevenir a endemização de enfermidades não registradas ou pouco prevalentes no Distrito Federal
– Demonstrar a ausência e manter-se livre de patógenos exóticos e emergentes
– Melhorar a qualidade do pescado proveniente de aquicultura produzido no Distrito Federal
– Promover educação sanitária com foco em biosseguridade e boas práticas em aquicultura
– Tornar o Distrito Federal uma unidade federativa de excelência em aquicultura

?Confira aqui a íntegra do Plano Distrital de Vigilância e Boas Práticas em Aquicultura.