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23/07/2023 às 13:20, atualizado em 23/07/2023 às 13:50
O curso de Doma Racional de Equinos aborda a comunicação corporal para melhorar a relação entre o produtor e o animal
“O cavalo não fala, então ele usa a linguagem corporal. Aqui se aprende a enxergar essa comunicação”, afirma Marcos Horta Barbosa da Silva, instrutor do curso Doma Racional de Equinos, que ocorre e na Quebrada dos Neres, região do PAD-DF.
A capacitação de três dias de duração, entre 17 e 19 de julho, é promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), e direcionada a produtores rurais do PAD-DF e trabalhadores vinculados a Emater.
O objetivo da formação vai além de ensinar os produtores a domar cavalos. Segundo Marco Horta, que trabalha com equinos na área de doma, treinamento e instrutoria há mais de 35 anos, é o primeiro passo para entender as reações do animal e como lidar com ele no dia a dia para ter uma convivência mais racional e segura, além de melhorar o próprio bem-estar do cavalo.
“Muitos dos acidentes de hoje em dia acontecem por falta de conhecimento. A pessoa não sabe manejar, não sabe qual a reação do cavalo. No curso ensinamos como é o instinto do animal: porque ele levanta a cabeça, porque ele corre, cada posição da orelha à boca, bateu o pé no chão, movimentação da cauda… O principal é a comunicação, ensinamos a ler o cavalo. Isso muda tudo e a interação fica muito melhor”, explica o instrutor.
Liderança, confiança e educação
O curso ocorre em três etapas: liderança, confiança e educação. Em seguida, os participantes são ensinados a fazer a dessensibilização do cavalo, onde o animal é preparado para se assustar menos e permitir a cavalgada.
“Eles aprendem que, para o cavalo se sentir seguro e tranquilo, ele precisa de um líder, como existe na natureza. E aqui os alunos aprendem a ser um. Na hora nós tiramos essa concepção de que os cavalos têm da gente, de predador, e criamos outra condição, de parceiros dele”, pontua o instrutor.
A parte da instrução é feita por profissionais designados pelo Senar, em uma parceria com a Emater, a qual não possui profissionais especializados em equinos, mas mobiliza os cursos na área.
“É papel da Emater formar e produzir mão de obra para que a pessoa possa, amanhã, agregar como um bem maior na sua renda. E o produtor rural pode usar isso na sua propriedade. A Emater é mobilizadora nesse projeto em função da capilaridade que ela tem no campo”, frisa Weber Brito, extensionista da Emater-DF que atua no PAD-DF.
Sonho de criança
Segundo uma das alunas, Camila Vianna, 35 anos, o curso é uma oportunidade de se aperfeiçoar na área de zootecnia e comportamento de animais de grande porte. Para ela, os cavalos são um hobby. “Sempre gostei desde pequena, é uma paixão mesmo. Já tenho uma base do meu curso de graduação, mas na hora que você vê na prática é totalmente diferente. A interação está maravilhosa”, destaca.
Alguns produtores da região também usam esse atrativo para o turismo rural ou mesmo para o trabalho em propriedades rurais que têm esse tipo de criação. O produtor rural Marco Antônio Genova de Matos, também participante do curso, é um deles. “O turismo rural é fantástico, acho que toda criança se imagina em cima de um cavalo. E a gente poder propiciar isso para elas é muito legal. E o adulto vai atrás também, porque ele também já foi criança e de repente não conseguiu realizar o sonho de montar em um cavalo e passear por aí”, lembra Marco Antônio.