Uma aula a céu aberto mudou a rotina de estudos de alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 410 Norte nesta terça-feira (1º). Estudantes de 13 e 14 anos que cursam o 9º ano do ensino fundamental visitaram a Universidade de Brasília (UnB) e puderam conhecer a estrutura do Campus Darcy Ribeiro.
Estudantes do 9º ano do CEF 410 Norte visitaram o campus da maior universidade pública do DF | Fotos: André Amendoeira/SEEDF
O futuro, ainda que distante, despertou curiosidade em Yarley Miranda de Araújo, 14 anos. “Eu não conhecia muito da universidade, apenas o que via na televisão e nas redes sociais. Eu não fazia ideia do tamanho dela”, contou. “Agora me interessei ainda mais em estudar futuramente na UnB, pois penso em cursar algo na área de tecnologia. As pessoas não fazem ideia da infinidade de cursos e do tamanho da UnB, então poder vir até o campus é muito importante, e a gente sente uma vontade maior de ingressar na universidade.”
O ponto de partida da visita foi o Observatório Sismológico, que exibe a mostra do SIS/UnB. A exposição apresenta quadros ilustrativos sobre temas de terremotos e como eles eram registrados pelos sismógrafos da estação, mapas da sismicidade brasileira, sismômetros sismográficos – instrumentos que detectam o movimento do solo por meio de variação do campo magnético – e até simuladores de terremotos reais, que contam com a interação dos visitantes.
Yarley Miranda de Araújo, 14 anos, ficou impressionado com o tamanho da UnB: “A gente sente uma vontade maior de ingressar na universidade”
“Assim que a gente entrou, eu já gostei de todas as partes sobre terremotos e placas tectônicas. Estava praticamente rezando para vivenciar uma experiência real por meio das simulações para sentir não só os tremores, mas o próprio barulho causado por um terremoto real”, ressaltou Yarley.
Outro ponto da visitação foi o Museu de Geociências, que traz um acervo de amostras de fósseis, minerais, rochas e artefatos arqueológicos. Os alunos ficaram encantados com os fósseis de dinossauros e fragmentos reais de meteoritos. Idealizado pelo Instituto de Geociências, o museu faz parte dos cursos de bacharelado em geologia, geofísica e ciências ambientais da UnB.
“O que vimos hoje é gratificante para a aprendizagem. O que foi ensinado a eles durante a visita ao Observatório Sismológico tem a ver, por exemplo, com as disciplinas de geografia e ciências. É um conteúdo interdisciplinar já trabalhado em sala de aula nas disciplinas que correspondem às áreas”, destaca a vice-diretora do CEF 410, Rubéria da Silva Caminhado.
Projeto Vivência UnB
[Olho texto=”“O que pretendemos mesmo é que os estudantes das escolas públicas reconheçam na universidade um espaço possível para eles estudarem no futuro”” assinatura=”Olgamir Amancia Ferreira, decana de extensão da UnB” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A visitação à Universidade de Brasília faz parte do projeto Vivência UnB, uma iniciativa criada para integrar a sociedade à instituição, por meio de visitação guiada aos espaços físicos que proporcionem conhecimento e troca de saberes. A expectativa do projeto é fomentar na comunidade, em especial nos jovens, a vivência do que é estudar na UnB.
“O Vivência UnB faz uma conexão de vários projetos que são desenvolvidos no Decanato de Extensão da universidade. O estudante, ao se deparar com o Campus Darcy Ribeiro, vai encontrar uma verdadeira obra de arte no âmbito da arquitetura, diálogo com monitores e até encontro com a reitora, onde os estudantes podem fazer perguntas sobre como ter acesso a UnB, para tirar dúvidas. O que pretendemos mesmo é que os estudantes das escolas públicas reconheçam na universidade um espaço possível para eles estudarem no futuro”, explica Olgamir Amancia Ferreira, decana de extensão da UnB.
*Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal
links úteis
