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19/08/2023 às 12:12, atualizado em 19/08/2023 às 13:42
Nesta semana, unidade do Riacho Fundo II realizou atividades com instruções para estimular o aleitamento materno e facilitar a rotina das mães
Orientações sobre o uso seguro de chás durante a amamentação, técnicas de massagem e ordenha, prática de alongamento, uso do sling – pedaço de tecido utilizado para carregar bebês junto ao corpo de um adulto – como estratégia de vinculação cuidador-bebê e a manobra de Heimlich, técnica utilizada em casos de engasgamento, foram algumas das atividades oferecidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Riacho Fundo II para as mães, nesta semana. A ação faz parte do Agosto Dourado, mês de conscientização sobre a importância do aleitamento materno no Brasil.
Juliane Paula Silva, 28 anos, moradora do Riacho Fundo II e mãe de três filhos, Christian Felipe, de 10 anos, Ana Luiza, 7 anos, e Isaac Heitor, de apenas 4 meses, aproveitou a oportunidade para tirar dúvidas sobre a amamentação de seu filho caçula. “As atividades foram muito informativas e a amamentação do meu terceiro filho está sendo mais fácil. Eu tive mais dificuldade com os meus outros filhos porque as informações não eram tão acessíveis, não tinha essa consultoria que estou tendo aqui na UBS”, conta.
[Olho texto=”“Buscamos as ferramentas que temos em nosso cotidiano que podem facilitar a vida da mãe que é trabalhadora. O sling, por exemplo, é um tecido mais barato e de fácil acesso que vai ajudar a mãe a carregar a criança com mais conforto e facilidade”,” assinatura=”Bianca Freitas, assistente social da Gerência de Serviços de Atenção Primária (Gsap) 2 do Riacho Fundo II” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A campanha Agosto Dourado deste ano traz debates para promover a garantia do direito da mãe trabalhadora de continuar amamentando. Na UBS 5 do Riacho Fundo II, a equipe deu algumas dicas para auxiliar mães e bebês nessa fase crucial da vida.
“Queremos trazer para essas mães o conhecimento de como elas podem guardar o leite e quais são os direitos relativos à mulher que trabalha e amamenta. Buscamos as ferramentas que temos em nosso cotidiano que podem facilitar a vida da mãe que é trabalhadora. O sling, por exemplo, é um tecido mais barato e de fácil acesso que vai ajudar a mãe a carregar a criança com mais conforto e facilidade”, explica a assistente social da Gerência de Serviços de Atenção Primária (Gsap) 2 do Riacho Fundo II, Bianca Freitas.
Vinculação cuidador-bebê
Além de proporcionar conforto, o sling fortalece o vínculo afetivo. A prática foi ensinada de forma voluntária pela especialista em carregadores de bebês, Maristela Holanda, que trabalha há 15 anos no ramo. O sling é uma faixa de amarração com mais de cinco metros que adapta o corpo do adulto ao corpo do bebê. “Viemos aqui fazer um serviço voluntário para que tanto as mães quanto os pais possam ter a oportunidade de saber como usar o carregador com segurança e a maneira correta de fazer a amarração”, ressalta.
A profissional lembra ainda que o tecido pode ser utilizado assim que a criança nasce e é utilizado até mesmo para sustentar o peso da barriga das gestantes. “É inspirado no método canguru para carregar os bebês prematuros, mas mesmo os que não são se beneficiam. Além disso, a mãe, por exemplo, pode ficar com as mãos livres para fazer outras atividades”, acrescenta.
Atividade física
Para combater o sedentarismo, foram ensinadas práticas de alongamento e uma dança adaptada com o sling. A fisioterapeuta Deborah Freitas revela que, no período de amamentação e cuidado dos filhos pequenos, boa parte das mulheres acaba abandonando a atividade física e adota um comportamento sedentário.
“Além de ter a sobrecarga de carregar o filho quase que o tempo todo, ainda há, às vezes, o receio de deixá-lo com alguém, pois o bebê é muito dependente. Então, elas param de fazer atividade física”, afirma Freitas.
A fisioterapeuta ressalta ainda que um dos objetivos dessas ações é resgatar a possibilidade de fazer atividade física mesmo tendo que ficar com o bebê no colo. “Um dos papéis do fisioterapeuta nesse contexto de aleitamento materno é ajudar com a postura para amamentar e observar se a ‘pegada’ está correta ou não. A gente entra melhorando a postura dessa mãe para que ela possa descobrir que amamentar é legal e não precisa ser dolorido”, completa a profissional.
Orientação
Izolda Pimentel, 33 anos, é mãe de três meninos. Atualmente, amamentando o terceiro filho, Jonas, de apenas dois meses, ela sofre com a mastite – inflamação mamária que pode ser causada pelo acúmulo de leite nas mamas ou por um bloqueio no ducto mamário (canal por onde o leite passa). Ela foi à UBS em busca de auxílio. “Eu tive esse problema de entupimento de ducto que não ocorreu com meus dois primeiros filhos e estou tendo muita dificuldade”, relata.
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As mães que sofrem como Izolda podem buscar ajuda nas UBSs. A fonoaudióloga Ana Paula Abreu destaca que muitas mulheres buscam a unidade para esclarecimentos. “As mães chegam aqui com dúvidas, com seio rachado e mastite, por exemplo. Então, nós damos todo o auxílio que elas necessitam”, assegura.
No evento desta semana, as mães puderam ainda aprender mais sobre a técnica de massagem e ordenha. “A mastite pode ocorrer pela má extração do leite devido à falta dessa massagem e ordenha, por isso é tão importante que as mães saibam dessa manobra antes mesmo da amamentação. Nesse evento, ensinamos a fazer a massagem manual”, destaca a fonoaudióloga.
A UBS 5 do Riacho Fundo 2 distribuiu material informativo e frascos estéreis para coleta e doação de leite materno. Para mais informações sobre os Bancos de Leite Humano do DF, acesse o site do Amamenta Brasília.
*Com informações da Secretaria de Saúde