21/08/2023 às 16:29

Seminário promove debate sobre investigação de incêndios

Evento terá duração de quatro dias, com início em 29 de agosto; inscrições devem ser feitas até o dia 28, com ingressos variando entre R$ 100 e R$ 150

Por Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Em comemoração aos 50 anos de investigação de incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a corporação vai realizar o 2º Seminário Nacional de Perícias em Incêndios entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, na Academia de Bombeiros Militar. O evento — que conta com financiamento de R$ 270 mil da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) — vai reunir especialistas nacionais e internacionais em perícia de incêndio para promover palestras e oficinas práticas sobre o tema. O seminário é aberto ao público e os ingressos variam de R$ 100 a R$ 150. As vagas são limitadas e os interessados devem se inscrever no site do evento até 28 de agosto.

O seminário, aberto ao público e com a participação de palestrantes internacionais, vai abordar temas relacionados às técnicas avançadas de investigação de incêndios, análise forense de materiais inflamáveis, prevenção e combate a incêndios em edificações de grande porte | Foto: Divulgação/CBMDF

Durante o seminário, serão abordados temas relacionados às técnicas avançadas de investigação de incêndios, análise forense de materiais inflamáveis, prevenção e combate a incêndios em edificações de grande porte. Os participantes também vão analisar estudos de casos reais para aprimorar conhecimentos sobre as estratégias e táticas empregadas em situações complexas.

Por meio das oficinas, os profissionais vão vivenciar situações reais e desenvolver habilidades práticas essenciais no campo da perícia em incêndios por meio de exercícios de simulação, estudos de casos e discussões práticas.

[Olho texto=”“A nossa perícia é voltada para a prevenção. O nosso interesse é, principalmente, que a gente busque saber o que aconteceu naquele incêndio, que a gente entenda a origem e a dinâmica para que o CBMDF trabalhe na prevenção, seja por meio da educação perante a comunidade, seja com melhorias nas normas técnicas de segurança para incêndio”” assinatura=”Coronel George Cajaty” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Teremos quatro dias de seminário. O cronograma conta com 13 palestras ao todo, sendo que a maioria é de palestrantes internacionais, como dos Estados Unidos, Chile, Japão e França. Somente duas dessas palestras serão online. Na sexta, teremos as oficinas. São cinco, ao todo, para o participante vivenciar técnicas de investigação e análise laboratorial”, explicou o coronel George Cajaty B. Braga.

Referência

O CBMDF é referência quando o assunto é perícia em incêndio. Isso porque a corporação foi a primeira a atuar, em nível nacional, com esse tipo de investigação. O laboratório para as análises foi criado em 1991 e conta com equipamentos de ponta que auxiliam a desvendar as causas dos incêndios que ocorrem no DF. A perícia funciona ininterruptamente para atender a todas as ocorrências.

Até o momento, o CBMDF já formou aproximadamente 700 peritos desde a primeira turma de capacitação, em 1973. De janeiro a julho deste ano, foram mais de 60 análises feitas no laboratório de investigação de incêndio da corporação. De acordo com o coronel George, um dos objetivos da perícia é nortear as ações de educação junto à comunidade.

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“A nossa perícia é voltada para a prevenção. O nosso interesse é, principalmente, que a gente busque saber o que aconteceu naquele incêndio, que a gente entenda a origem e a dinâmica para que o CBMDF trabalhe na prevenção, seja por meio da educação perante a comunidade ou com melhorias nas normas técnicas de segurança para incêndio”, defendeu.

Além das análises elétricas e físico-químicas feitas com amostras dentro do laboratório, a corporação conta com outros equipamentos tecnológicos para monitorar incêndios. Os drones e as imagens de satélite são grandes aliados na prevenção.

“Hoje, especificamente, a gente utiliza os drones e as imagens de satélite, que ajudam principalmente nas pesquisas de quantidade de incêndios que aconteceram. Nossos peritos também vão ao local fazer as análises. Todas essas técnicas são complementares ao trabalho dos nossos militares”, detalhou.