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20/09/2023 às 09:07, atualizado em 20/09/2023 às 14:33
Obra de construção da nova sede do herbário da estação ecológica tem investimento de R$ 790 mil do GDF. Acervo científico do DF é um dos mais completos do país
A construção da nova sede do Herbário do Jardim Botânico de Brasília (JBB) entrou em sua fase final. É no espaço que ficarão abrigadas as quase 40 mil espécies de plantas e vegetações nativas do Cerrado, que ajudam a compor um dos acervos científicos mais completos do país.
Foram investidos R$ 790 mil na construção do novo prédio, que leva o nome de Ezechias Paulo Heringer – ambientalista responsável por realizar as primeiras coletas depositadas no Herbário do JBB. O montante investido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) viabilizou a ampliação e modernização do acervo, que contará também com salas de reunião e catalogação de espécies coletadas.
Com toda parte estrutural e de acabamento já finalizadas, as equipes, agora, trabalham nos serviços de instalação das redes de telefonia e de internet, e de climatização, etapa importante para garantir as condições adequadas ao armazenamento dos exemplares da estação ecológica.
As melhorias ajudarão a ampliar esta verdadeira biblioteca viva do Cerrado. “O prédio novo nos permitirá aumentar o número de coletas de espécies e, consequentemente, ampliar a nossa produção”, enfatiza Priscila Oliveira Rosa, gerente de Vegetação e Flora do JBB. “Manter uma coleção dessa é um grande investimento para que ela sirva de base de pesquisa para as pessoas daqui a 20, 30, 50 anos”, prossegue.
A gerente está entre as várias pessoas que ajudam, diariamente, a preservar o legado do bioma. “O material que coletamos serve de pesquisa, banco de informações para várias áreas. Recebemos constantemente muitos pesquisadores, químicos, farmacêuticos, ecólogos”, completa.
Outro trabalho de excelência desenvolvido no Jardim Botânico de Brasília é a produção de plantas do Cerrado ameaçadas de extinção. Hoje, a estação ecológica conta com um moderno laboratório que oferece um ambiente controlado para o desenvolvimento de mudas nativas do bioma.
Atualmente, há 20 mil mudas de 10 espécies diferentes em produção na instalação, sendo que cinco delas estão ameaçadas. “É aqui que começa o trabalho de preservação. Nosso foco está em desenvolver mudas dentro de um ambiente controlado, que inclui desde a captação das sementes até a manutenção das condições adequadas para que elas cresçam”, explica Daniel Oliveira Mata, gerente de laboratório do JBB.
Categoria A
A manutenção do vasto e complexo acervo científico e o trabalho desenvolvido por técnicos no laboratório estão entre os critérios que tornam o Jardim Botânico de Brasília um dos mais completos do país. Recentemente, a estação ecológica foi classificada como categoria A, a mais alta categorização existente entre jardins botânicos.
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Para obter esse status, o JBB teve que atender a critérios técnicos que levam em consideração a infraestrutura, qualificação do corpo técnico e de pesquisadores, os objetivos, a localização e a especialização operacional.
A categorização é realizada a cada dois anos por uma comissão formada por servidores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Esta avaliação é fundamentada na Resolução nº 339, de setembro de 2003, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).