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28/09/2023 às 17:43
Instituto Brasília Ambiental participou de iniciativa marcada por esclarecimentos quanto à convivência com as capivaras
O Instituto Brasília Ambiental esteve presente, na manhã desta quinta-feira (28), em audiência pública para discutir a infestação de carrapatos no Distrito Federal. O evento, realizado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), teve o objetivo de dialogar sobre medidas de controle populacional de capivaras como estratégia para evitar doenças causadas por carrapatos, proposta em projeto de lei de iniciativa do deputado Ricardo Vale.
Durante o evento, que contou com a participação de especialistas de diversas instituições, o presidente da autarquia ambiental, Rôney Nemer, chamou a atenção para uma perseguição existente contra as capivaras.
“Fala-se mais dessa espécie (capivara) do que dos próprios carrapatos que podem ocasionar doença em contato com o ser humano, caso estejam contaminados pela bactéria Rickettsia rickettsii. E não são somente elas as hospedeiras, como também os equinos, cães, gatos e roedores. Tanto que, no estudo realizado por 15 meses, do qual o Brasília Ambiental participou com a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema-DF) e a Universidade Católica de Brasília, onde mais se encontrou carrapatos, ao longo da orla, foi na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Lago Norte, sendo que, no local, havia a presença apenas de equinos”, alertou o dirigente do instituto.
A coordenadora do estudo de identificação e monitoramento da população de capivaras da orla do Lago, professora Morgana Bruno, da Universidade Católica de Brasília, apontou, por meio de suas pesquisas, que é possível a adoção de carrapaticidas para evitar a proliferação dos parasitas como um meio de solução para o problema. Contudo, são necessários avanços nos estudos quanto à viabilidade dessa ação.
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A escuta pública foi proposta pelo deputado distrital Ricardo Vale, no intuito de antever ações para possíveis problemas futuros e aprimorar o Projeto de Lei (PL) nº 616/2023, de sua autoria, que trata sobre o manejo dos maiores roedores do mundo. Além do parlamentar, a mesa de honra contou com a presença da advogada do Fórum Nacional de Proteção ao Animal, Ana Paula Vasconcelos; do doutor e pesquisador aposentado da Embrapa, José Roberto Moreira; da assessora da Sema, Luiza Rocha, e do subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
Tanto a representante da pasta do meio ambiente quanto o subsecretário fizeram questão de informar a todos os presentes no evento que os órgãos distritais possuem preparo técnico, seguindo rigorosos protocolos, além de ações protetivas e de controle. E, desde maio de 2023, quando surgiram casos de mortes por febre maculosa em outro estado brasileiro, vêm realizando reuniões, com maior frequência, com a sociedade para atendimento das demandas dos mais diversos setores e com os esclarecimentos que se fazem necessários. Vale ressaltar ainda que, segundo a Secretaria de Saúde, o Distrito Federal não registra caso de febre maculosa há 20 anos.
*Com informações do Instituto Brasília Ambiental