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21/11/2023 às 14:09
Evento no Recanto das Emas orientou servidores da Educação e dos conselhos tutelares sobre a identificação de sinais que podem indicar violência e sofrimento psíquico
A Secretaria de Saúde (SES-DF) participou de um seminário sobre prevenção ao abuso sexual infantojuvenil, ao suicídio e de valorização à vida. O objetivo do evento foi promover a capacitação de profissionais de educação e de conselhos tutelares na identificação de sinais que podem indicar violência e sofrimento psíquico.
[Olho texto=”“É importante ressaltar que a Secretaria de Saúde do DF trabalha para prevenir a violência sexual e o suicídio, oferecendo acolhimento para as vítimas e buscando conscientizar a população”” assinatura=”Juliana Queiroz, diretora de Atenção Secundária e Integração de Serviços” esquerda_direita_centro=”direita”]
Os temas foram escolhidos devido a uma demanda da própria região, como explicou a presidente do Conselho de Saúde do Recanto das Emas, Ana Cláudia Rodrigues: “Percebemos que, na região Sudeste, o Recanto das Emas está em primeiro lugar na incidência de abuso sexual infantil e de violência doméstica. Por isso, acreditamos que seja essencial promover a conscientização sobre esses temas.”
A diretora de Atenção Secundária e Integração de Serviços da SES-DF, Juliana Queiroz, apresentou o funcionamento da Rede de Atenção à Saúde de Pessoas em Situação de Violência (RAV), que foi instituída pela SES este ano. “É importante ressaltar que a Secretaria de Saúde do DF trabalha para prevenir a violência sexual e o suicídio, oferecendo acolhimento para as vítimas e buscando conscientizar a população”, explicou.
O evento, realizado neste domingo (19) no auditório do Instituto Federal de Brasília (IFB), foi organizado pelo Conselho Regional de Saúde do Recanto das Emas, em parceria com a Paróquia São Miguel Arcanjo e a Administração Regional do Recanto das Emas e contou com a participação de um delegado do RA, de representantes das áreas de saúde e de educação do GDF e de membros de organizações não governamentais de combate ao abuso sexual infantil.
Rede de apoio
Segundo o Informe Epidemiológico Quadrimestral, nos primeiros quatro meses deste ano, 4.119 casos de violência interpessoal e autoprovocada foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do DF. Desse total, 7% das ocorrências são de violência contra crianças e 25,5% contra adolescentes. As tentativas de suicídio representam 44,7%, seguida pela violência física (27,9%) e a sexual, com 16,9% do total.
Em março de 2023, o DF tornou-se a primeira unidade da federação a instituir formalmente a RAV, oficializando, assim, o processo de fluxo de atendimento e cuidado às vítimas de violência e capacitando seus profissionais.
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A diretora de Serviços de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, destaca que a pasta tem como prioridade resguardar os direitos das crianças e adolescentes em situação de violência, assim como de pessoas que vivem com transtornos mentais. “Temos buscado organizar a rede para ofertar serviços de acolhimento às crianças vítimas de violência, oferecendo atendimento por meio da rede do Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica [Cepav].”
Os Cepavs oferecem atendimento ambulatorial composto por equipe multiprofissional que atende crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de violência sexual, familiar e doméstica. Os serviços não precisam de agendamento. Em todas as 18 unidades do DF, os usuários passam por acolhimento de profissionais de saúde, de justiça e de educação.
Em casos de violência aguda, é importante buscar qualquer porta de emergência hospitalar para ter acesso à medicação preventiva de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e iniciar os primeiros cuidados. Quando há sofrimento psíquico mais grave, ideação suicida ou tentativa, é possível acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. A rede de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) também está disponível para atender os transtornos graves persistentes.
*Com informações da SES-DF