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08/12/2023 às 16:40
Uma das celebrações ocorreu na CRE do Núcleo Bandeirante e contou com mais de 100 formandos
Concluir os estudos é motivo de orgulho na trajetória educacional de todo estudante. A glória é ainda maior no caso de jovens e adultos que, muitas vezes, têm que conciliar as aulas com o próprio trabalho e o sustento de famílias. Na noite desta quarta-feira (6) foi realizada, na Coordenação Regional do Núcleo Bandeirante, a formatura dos alunos que voltaram a estudar na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A conquista do diploma significa a superação de desafios por mais de 100 estudantes que optaram por essa modalidade após não conseguir concluir o ensino regular.
A EJA desempenha um papel indispensável na vida daqueles que buscam uma segunda chance educacional, proporcionando flexibilidade para adultos conciliarem estudos com outras responsabilidades, principalmente profissionais. A diretora de Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Cristina da Ponte, destaca a importância desse programa como uma oportunidade de inclusão e ressalta o compromisso da equipe em apoiar cada aluno em sua jornada educacional.
[Olho texto=”“A formatura desses alunos representa mais do que a conclusão de um curso, é a realização de sonhos, a superação de desafios e a prova de que a educação é uma ferramenta poderosa para transformar vidas”” assinatura=”Lilian Cristina da Ponte, diretora de Educação de Jovens e Adultos” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“A formatura desses alunos representa mais do que a conclusão de um curso, é a realização de sonhos, a superação de desafios e a prova de que a educação é uma ferramenta poderosa para transformar vidas. Estamos comprometidos em oferecer oportunidades inclusivas e ver esses estudantes alcançarem este momento é motivo de grande alegria e orgulho para toda a equipe”, afirma Lilian.
Superação
Entre os formandos, está Maria do Socorro Leite Viana, 62 anos. A, agora, ex-estudante é uma costureira dedicada que decidiu retomar os estudos depois de mais de 40 anos. Ela parou de estudar em 1979, quando decidiu priorizar a criação dos filhos e o trabalho.
A motivação inicial veio da filha, que a matriculou. Assim, surgiu a oportunidade de aprender e também de interagir com uma turma e professores atenciosos. “A EJA foi a porta que se abriu para que eu pudesse realizar meu sonho de concluir meus estudos. Foi desafiador, mas acredito que isso me fez mais forte e preparada para enfrentar outros desafios que surgirão”, afirmou.
O filho mais velho de Maria do Socorro, Denilson Leite, acompanhou a conquista da mãe e expressa o orgulho que sente da matriarca: “Estou muito feliz por ela ter concluído mais esse passo na vida. Foi um importante passo, motivado pela pressão da minha irmã. Ela sempre almejou a formatura de todos os quatro filhos e este é um momento especial para todos nós”.
Vida melhor
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A formatura contou outras histórias de superação. O casal haitiano Marise Jean Chales, 36 anos, e Mário Ortelus, 37, veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, superando, graças a EJA, a barreira do analfabetismo.
“Com muito esforço, estamos conquistando o canudo juntos. A EJA nos proporcionou a oportunidade de sonhar e alcançar nossos objetivos e assim está acontecendo”, comemora Marise. Agora, a meta deles é iniciar um curso superior.
A EJA é organizada em três segmentos. O primeiro corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental e a etapa em que as pessoas iniciarão e consolidarão o processo de alfabetização. O segundo, corresponde aos anos finais do ensino fundamental e o terceiro, ao ensino médio. Para se matricular nos primeiro e segundo segmentos, a idade mínima é de 15 anos completos. Para se matricular no terceiro segmento, a idade mínima é de 18 anos completos.
*Com informações da Secretaria de Educação