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07/01/2024 às 15:35
Mais de 5 mil doses foram aplicadas durante as visitas residenciais, que ultrapassam 70 mil, feitas pelos agentes de saúde do Distrito Federal em 2023
O Vacina em Casa é um programa da Secretaria de Saúde (SES-DF) criado com o objetivo de ir às residências para vacinar pessoas de todas as idades que não estão em dia com o calendário de vacinação. Ao mesmo tempo, os agentes participantes do projeto aproveitam a visita para atualizar os dados das pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2023, mais de 70 mil domicílios foram visitados pelos agentes de saúde e cerca de 5 mil doses foram aplicadas em quem estava com o calendário vacinal incompleto.
Atendimentos do programa
Entre agosto e dezembro de 2022, foram 150.947 casas visitadas e 45.623 doses de vacina aplicadas, tendo como foco a população em geral. Os números são considerados excepcionais por conta da pandemia de covid-19, que contou com a maior mobilização sanitária para imunização da população da história.
Entre fevereiro e abril de 2023, já com o fim da emergência de saúde, registraram-se 54.946 visitas domiciliares e 2.503 doses de vacina, com o público-alvo de crianças menores de 7 anos e idosos a partir dos 60. Já entre outubro e novembro de 2023, ano foram 15.413 casas visitadas e 2.498 doses de vacinas aplicadas em crianças e adolescentes menores de 15 anos e idosos a partir dos 60.
Resistência à proteção
De acordo com a gerente da Estratégia Saúde da Família da SES-DF, Mirlene Guedes, ainda existe uma hesitação grande por parte da população para se imunizar. Ela reforça a importância da vacinação como parte de um senso de responsabilidade, importante para proteger as crianças contra enfermidades infantis e a família contra doenças em geral.
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“Nos últimos anos, a gente perdeu muito em cobertura vacinal, o programa nacional de imunização perdeu forças e isso possibilitou a volta de doenças que estavam erradicadas”, observa. “Levar a vacina à casa das pessoas foi uma das estratégias que o GDF adotou para aumentar a cobertura vacinal e manter a população protegida.”
Mais de 22 regiões foram visitadas pelo programa em 2023, na chamada imunização extramuros, feita fora da unidade de saúde. Além do Vacina em Casa, outros programas, como os carros da vacina e a imunização nas escolas, também estão sendo utilizados para alcançar as comunidades.
De porta em porta
A confeiteira Juscilene Rodrigues mora na região do Arapoanga e recebeu a equipe da saúde em casa. Ela, o marido e o filho foram vacinados contra a covid-19. O filho de Juscilene de 3 anos é autista. Para ela, não precisar fazer o deslocamento até um lugar com aglomeração e fora da rotina é uma vantagem oferecida pelo programa, ajudando a evitar crises do pequeno.
“É muito bom, porque ajuda muita gente, principalmente quem tem criança especial, e também os idosos”, elogia. “Para alguns, é simples ir ali no posto e tomar a vacina. Para outros é um transtorno, é mais dificultoso”. A equipe do programa também vacinou, no mesmo dia, um casal de vizinhos de Juscilene que tem problemas de locomoção.