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13/01/2024 às 09:23, atualizado em 13/01/2024 às 09:28
Força-tarefa foi feita pelo Governo do Distrito Federal e reuniu mais de oito órgãos para eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença
Uma ação de combate ao mosquito Aedes aegypti foi realizada em Samambaia nesta quinta-feira (11). A Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com Administração Regional de Samambaia, Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), DF Legal, Defesa Civil, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Secretaria de Governo (Segov-DF) e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, retirou aproximadamente 50 toneladas de entulhos das quadras 831 a 833 de Samambaia. Mais de 30 pessoas foram mobilizadas para participar da força-tarefa, que utilizou caminhões trucados, caçambas e pás carregadeiras para a limpeza dos locais.
De acordo com Gisele da Silva Melo, chefe da Vigilância Ambiental de Samambaia, o manejo ambiental é realizado em regiões administrativas com maior grau de vulnerabilidade. ” Aqui, a maioria dos problemas são causados por moradores que armazenam água de forma inadequada, em tambores e tonéis sem as tampas adequadas. Eles armazenam água no nível do solo, uma prática adotada desde o racionamento [de água] de 2018. No entanto, essa prática é perigosa, pois pode servir como criadouro para a proliferação do mosquito”, explica.
Vistoria em mais de 400 casas
Durante a ação, mais de 400 casas foram inspecionadas pelas equipes dos bombeiros e da vigilância ambiental. Os profissionais também forneceram orientações à população sobre os cuidados para evitar o mosquito e realizaram a aplicação de larvicida em locais que podem servir como criadouros.
O administrador de Samambaia, Marcos Leite, ressalta a importância do descarte regular de resíduos. “O poder público, sozinho, não consegue vencer essa guerra. É importante a parceria da comunidade, fazendo o descarte correto do lixo e, sobretudo, mantendo a cidade limpa”, alerta. O gestor orienta a população a retirar todo o lixo possível de dentro das residências. “Quanto menor o depósito, menor a população de mosquitos que pode contaminar a população. Planejamos realizar duas a três operações desse tipo por ano”, afirma.
Carlos Dias, morador há 15 anos de Samambaia, abriu as portas de casa para que os profissionais do SLU recolhessem algumas tábuas e entulhos. “Fizemos uma obra aqui e acabei deixando muito material de construção descoberto. Acho melhor deixar o pessoal levar para não juntar água e bicho. Nunca tive dengue, mas não quero ter”, conta.
Para o taxista Alfredo Araújo, que perdeu a mãe com a doença no ano passado, a prevenção é essencial. “Tomo muito cuidado para não deixar água parada no meu quintal e estou sempre passando repelente. É uma doença que acaba com a imunidade”, disse.
O trabalhador destaca a necessidade de manter ações contra a proliferação do mosquito, que também transmite outras doenças como zika, chikungunya e febre amarela. Ele aconselha: “É melhor todo mundo ajudar a combater os focos dentro de casa e fora dela”.
Proliferação
O ovo do Aedes aegypti pode ficar até 400 dias em um local seco e, ao primeiro contato com água eclodir, de forma que, em até sete dias, já se tem o mosquito adulto.
“É importante o apoio da população para vistoriar, ao menos uma vez por semana, o seu quintal e retirar tudo aquilo que possa acumular água: potes, vasos de planta e brinquedos das crianças. Até mesmo uma tampinha de garrafa pode ser um local para criadouro do mosquito. Dentro de casa, olhe também as pingadeiras do bebedouro e o degelo atrás da geladeira”, alerta a chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da SES-DF, Cristina Soares Campelo.
Dengue
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Febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo são alguns dos sintomas mais comuns da doença, que pode apresentar-se de forma leve, moderada ou grave, podendo levar à morte.
Assim, a melhor forma é a prevenção, sendo muito importante verificar se não há água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito; cuidados simples, mas que são primordiais para o combate ao Aedes aegypti.
*Com informações da Secretaria de Saúde