23/01/2024 às 20:12, atualizado em 23/01/2024 às 20:31

DF registra aumento em casos de dengue e de atendimentos a pacientes

Situação epidemiológica é respondida com ações que ampliam acolhimento a doentes

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

Novo boletim epidemiológico de dengue no Distrito Federal, com dados até 20 de janeiro, mostram um total de 16.079 casos prováveis notificados, um aumento de 646,5% frente ao mesmo período do ano passado. Até o momento, Ceilândia aparece como a região administrativa com maior incidência (3.963 casos), seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol (1.110), Brazlândia (1.045) e Samambaia (997). Mais um óbito por dengue foi confirmado, totalizando três em 2024.

[Olho texto=”“Em todas as tendas, temos uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros que faz a remoção do paciente até o hospital, se houver necessidade de internação”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]

Em paralelo, aumentam também os números de acolhimento à população: em apenas três dias, de 20 a 22 de janeiro, ocorreram 7.569 atendimentos em unidades básicas de saúde (UBSs) e nas tendas montadas junto a nove administrações regionais. Desse total, 3.678 foram nas tendas e 3.891 nas UBSs. Mais de duas mil pessoas receberam hidratação venosa – o primeiro tratamento para a dengue.

“A população está procurando tenda e UBS no momento certo”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A gestora lembra ainda que, da rede de 176 UBSs disponíveis, 11 funcionam de segunda a sexta-feira em horário ampliado, das 7h às 22h; 52 abrem aos sábados, das 7h às 12h; e cinco estão em funcionamento aos sábados e domingos, das 7h às 19h. A lista com endereços está disponível no site da Secretaria de Saúde (SES).

Tendas montadas ao lado de nove administrações regionais reforçam o acolhimento de pacientes com sintomas leves da doença | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

As tendas e as UBSs são indicadas a pacientes que estejam com sintomas leves da dengue, como dor de cabeça e no corpo, prostração, febre, manchas vermelhas na pele e dor atrás dos olhos. Já os hospitais e as unidades de pronto atendimento (UPAs) são voltados a quem tem sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, náusea, vômitos persistentes e sangramento de mucosas, entre outros indicativos.

A Secretaria de Saúde trabalha com planejamento para acionar os recursos necessários, conforme a necessidade do período. Nesta terça-feira (23), por exemplo, uma das ações é elevar o giro de leitos nos hospitais para garantir reservas a eventuais casos graves. “Em todas as tendas, temos uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros que faz a remoção do paciente até o hospital, se houver necessidade de internação”, explica a gestora de Saúde.

A hidratação é o principal tratamento a pacientes com sintomas leves de dengue, sendo desaconselhável a automedicação

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Os insumos, garante a secretária, estão garantidos. Na rede, há disponibilidade de cerca de 76,8 mil testes e mais 180 mil estão em aquisição. O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) atingiu a marca de 500 testes processados por dia. Já estoques de medicamentos e materiais, como sais de reidratação, foram foco de um contrato de R$ 20 milhões com o Consórcio Brasil Central para assegurar o fornecimento na rede pública do DF.

Avançam também as ações de Vigilância Ambiental para combater as larvas do Aedes aegypti, e do fumacê, voltado aos mosquitos já adultos, sempre com aplicação das 4h às 6h e das 17h às 19h.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal