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30/01/2024 às 20:00
Entre as doenças causadas pelos arbovírus estão dengue, zika, chikungunya e febre amarela
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) participou, nesta terça-feira (30), da Reunião Integrada da Sala Nacional de Arboviroses. O encontro, promovido pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (MS) e sediado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), também contou com a participação de representantes da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) e de municípios do Entorno do Distrito Federal.
Debater a situação atual das arboviroses nestas localidades e alinhar as atividades de preparação e resposta do MS, estados e municípios foram os objetivos centrais do encontro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou a relevância da colaboração.
“Enfrentamos um desafio significativo que requer uma ação conjunta em todo o país, especialmente diante das complexidades da gestão em saúde pública durante emergências. Este é um momento para a prevenção e cuidado. É fundamental destacar que 75% da transmissão ocorre dentro das residências, ressaltando a importância da colaboração entre o governo e os cidadãos para preservar esse ambiente”, disse.
[Olho texto=”O encontro contou com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade; da representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas-OMS) no Brasil, Socorro Gross; do secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis; e equipes técnicas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
A secretária de saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou o comprometimento local. “Desde 2023, mantemos ações contínuas de vigilância epidemiológica, incluindo inspeções em calhas, descarte de pneus e resíduos sólidos. Na área de assistência, estendemos o horário de atendimento em 60 das 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) aos sábados e domingos, de 11h até as 22h, durante a semana. Além disso, fizemos uma priorização de 40% da força de trabalho para atender a demanda espontânea e 60% seguindo a carteira de serviço, ajustando, conforme necessário, com base na intensidade dos casos”, afirmou a gestora do DF.
Também presente na reunião, o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Fabiano dos Anjos, falou sobre o cenário epidemiológico. “Hoje, a capital tem 20 regiões administrativas com incidência elevada, o que já se caracteriza como epidemia. Ao consolidarmos esses dados para o DF como um todo, podemos observar, por meio de um diagrama de controle, que estamos prestes a atingir uma incidência de cerca de 300 casos por 100 mil habitantes. Embora esse enfoque nas regiões destaque essa alta incidência, é importante mencionar o alto grau de sensibilidade nos exames de diagnóstico no DF. Foram quase seis mil exames realizados e, desse total, conseguimos identificar a predominância do [sorotipo] DENV- 2″, explicou.
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O encontro contou, ainda, com a presença da representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas-OMS) no Brasil, Socorro Gross, do Secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis e equipes técnicas.
Situação de emergência
Diante do cenário, o Governo do Distrito Federal (GDF) decretou estado de emergência na saúde pública. O decreto, publicado na edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) da última quinta-feira (25), concede autorização ao governo para implementar medidas administrativas essenciais, como a aquisição de insumos, materiais e a contratação de serviços, visando conter a propagação da doença.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico de Dengue no DF, com dados até 20 de janeiro, registrou-se um total de 16.079 casos prováveis notificados, representando um aumento de 646,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)