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20/02/2024 às 14:10, atualizado em 05/03/2024 às 17:02
Adolescentes participantes do programa receberam os diplomas após dois anos atuando em órgãos do governo e agora estão aptos a buscar a primeira oportunidade
Quinhentos adolescentes entre 14 e 18 anos ganharam formação técnico-profissional para impulsionar o início de suas carreiras. A formatura dessa qualificação ocorreu no âmbito do programa Jovem Candango e a entrega dos diplomas reuniu os participantes em uma cerimônia no Museu da República nesta terça-feira (20).
O Jovem Candango é uma iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) que combina atividades práticas e teóricas adequadas ao crescimento físico, moral e psicológico dos aprendizes. Eles atuam diretamente nos órgãos e secretarias e assim ganham experiência ao longo dos dois anos de participação.
“Esses 500 jovens do primeiro ciclo se formaram e agora estão prontos para entrar no mercado de trabalho. A grande novidade é que no ciclo atual nós estamos atendendo também os filhos de catadores de material reciclável, os órfãos do feminicídio, além das cotas estabelecidas na legislação. O importante é que os órgãos compraram o programa e hoje temos mais vagas disponíveis do que jovens para oferecer”, explica o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, ao afirmar que o GDF trabalha para ampliar o número de vagas disponíveis.
Para o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, o Jovem Candango é um diferencial para os participantes buscarem emprego após formados. “Há uma dificuldade imensa para se colocar no mercado quando você não tem o primeiro emprego. E essa oportunidade é ímpar, porque a pessoa está trabalhando dentro do governo, recebendo bolsa, alimentação e vale-transporte. Durante esses dois anos eles passaram por atividades, buscaram conhecer como funciona o governo, como funciona a questão da gestão, sobretudo entendendo como é feito um trabalho, como aproveitar uma oportunidade. O que o governo está fazendo é fundamental”, pontua.
A tal oportunidade está na ponta da língua dos adolescentes quando eles falam sobre o programa. É o caso de Nayane Victoria de Moraes Silva, 19 anos. Ela participou do primeiro ciclo e atualmente estuda gestão pública no ensino superior. O Jovem Candango foi uma alavanca, segundo ela. “Foi muito bom. Me desenvolvi profissionalmente porque pude atuar na Secretaria de Cultura e no Complexo Cultural de Samambaia. Foi meu primeiro emprego, minha primeira oportunidade na vida e valeu muito a pena para ter uma formação melhor”, afirma.
Esse sentimento é compartilhado por Lívia Rodrigues, 18 anos. Ela entrou no programa em 2021 e atuou no Cras do P Sul e no Hospital de Samambaia. “O programa abriu a mente para novos horizontes. Saio uma pessoa completamente diferente do que entrei. Vai me guiar, me ajudou muito a ter uma oratória melhor, a falar em público”, admite.
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Não há inscrições abertas para o Jovem Candango no momento, mas a Secretaria da Família e Juventude busca ampliar o acesso de 1.800 vagas para 3.600 vagas por ciclo. Além disso, a pasta trabalha em outras frentes para ajudar alunos a entrar na universidade, com projetos em fase de estudo.
“Queremos abrir cursinhos públicos gratuitos para que esses jovens, e os jovens que estão em situação de vulnerabilidade, possam disputar em pé de igualdade com os estudantes das escolas particulares as vagas das universidades públicas. E também aqueles que não conseguiram acessar as vagas na universidade pública, que o governo possa oferecer uma bolsa, a bolsa universitária, para que os jovens possam entrar na universidade e sair lá depois de quatro anos com o diploma do ensino superior na mão”, acrescenta Rodrigo Delmasso.