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12/03/2024 às 18:13, atualizado em 12/03/2024 às 18:17
Alta nos preços foi puxada pelo habitual reajuste na educação e também pelo combustível; capital registrou índice de 0,75% no IPCA, enquanto a média do Brasil foi de 0,83%
Brasília registrou inflação de 0,75% em fevereiro, puxada pelos grupos de educação e transportes, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora a alta em relação a janeiro, a capital foi apenas a 10ª região com maior índice entre as 16 verificadas.
“Educação e transportes, vale ressaltar, são preços administrados. Eles não oscilam de acordo com oferta e demanda de mercado, são regulamentados e têm um período para reajuste, no caso da educação, e em transportes, que é o item responsável pelos combustíveis, é também um preço de certa forma administrado, pois segue o valor do barril do petróleo”
Dea Fioravante, diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF
O IPCA é a inflação oficial do país. O índice é divulgado de diferentes formas, podendo ser mensal, quando é comparada entre o mês vigente e o anterior, e também com a variação acumulada do ano.
Em relação a fevereiro, os dois grupos que mais contribuíram para a inflação foram educação e transportes. Segundo o IBGE e o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), o mês é caracterizado pelo reajuste escolar. A educação, inclusive, liderou o aumento dos preços com 0,21 ponto percentual, seguido por transportes, aqui relacionado aos combustíveis, com crescimento de 0,20 ponto percentual.
“Educação e transportes, vale ressaltar, são preços administrados. Eles não oscilam de acordo com oferta e demanda de mercado, são regulamentados e têm um período para reajuste, no caso da educação, e em transportes, que é o item responsável pelos combustíveis, é também um preço de certa forma administrado, pois segue o valor do barril do petróleo”, explica a diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, Dea Fioravante.
Para março, a tendência é que o aumento na educação não se repita, segundo a gestora. “Não esperamos essa alta de preços desses grupos para o próximo mês. Educação isso é certo porque passa o período de reajustes. Em transportes, se o responsável continuar sendo o combustível, é possível que tenha um aumento por conta da redução do subsídio relacionado aos combustíveis”, acrescentou a diretora. No quesito combustível, a gasolina foi o item que mais contribuiu entre todos os pesquisados pelo IBGE para essa inflação de 0,75% no DF.
Já na educação, os preços do ensino fundamental alavancaram o índice. No entanto, a inflação de fevereiro para a educação foi de 3,54%, menor que os 8,54% registrados neste mesmo mês em 2023. “Esse é o mês em que acontece o reajuste na educação, mas a inflação foi menor. No ano passado, esse índice foi de 8,54%, e agora tivemos 3,54%, abaixo da média dos últimos 10 anos”, apontou o assessor especial da Coordenação de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF, Pedro Borges, responsável pela apresentação da análise dos resultados da inflação no DF.
Mensalmente, o IPEDF divulga uma análise, focada no Distrito Federal, dos principais índices de preços do país, o IPCA e INPC. Os resultados são divulgados no Blog da Conjuntura e em apresentações transmitidas pelo YouTube que podem ser assistidas ao vivo, às 14h30, nos dias da divulgação dos índices pelo IBGE, por meio do canal do IPEDF.