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14/03/2024 às 19:24, atualizado em 15/03/2024 às 09:27
Apresentação inspirada na fábula ‘A Festa no Céu’ foi adaptada para instruir o público infantil sobre a temática da acessibilidade
“Como cadeirante, eu me senti incluída na sociedade a partir da arte.” E é por meio dela que a atriz Jarlene Maria, intérprete do Palhaço Alegria, busca levar conhecimento sobre a importância da acessibilidade para crianças, no projeto Acessibilidade no Parque.
Em cartaz com o espetáculo infantil A Festa no Céu, no Parque do Setor Leste, o grupo encerra sua temporada de 12 apresentações nesta sexta-feira (15) com três exibições para estudantes de turmas do 1º ao 5º ano da rede pública do Distrito Federal (DF).
A iniciativa tem a ajuda do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF), do Governo do Distrito Federal (GDF). “Quando falamos do Fundo de Apoio à Cultura, estamos também abordando a descentralização para impulsionar nossa cultura em diversas regiões administrativas, garantindo que a arte e a expressão cultural alcancem todos os cantos da nossa cidade”, frisa o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes.
Além disso, o fundo “desempenha um papel crucial no impulsionamento da nossa Economia Criativa, gerando oportunidades e impactando positivamente diversos setores. Investir no FAC é investir no desenvolvimento cultural e econômico do nosso Distrito Federal”, segundo o secretário.
A peça tem como inspiração o conto popular que dá nome ao espetáculo, criado pelo folclorista e sociólogo Câmara Cascudo. Na história, um sapo sonha em participar de uma festa no céu, mas não tem asas para chegar até lá. Ele, então, acaba viajando na viola de um urubu. A ideia é mostrar, de forma lúdica, que todos têm direito a acessar os mesmos espaços.
Em cartaz com o espetáculo infantil ‘A Festa no Céu’, no Parque do Setor Leste, o grupo encerra sua temporada de 12 apresentações nesta sexta-feira (15) com exibições para estudantes de turmas do 1º ao 5º ano da rede pública do Distrito Federal (DF)
“Eles aprendem brincando, desde pequenos, a importância da inclusão, e o que é acessibilidade”, explica a artista idealizadora do projeto, diagnosticada, ainda na infância, com paralisia cerebral diplégica espástica. “As crianças são a luz do mundo, e se a criança aprender a incluir, ela vai se tornar um adulto inclusivo”, frisa.
A apresentação tem contação de histórias, teatro de bonecos, brincadeiras e muita música. Além dos recursos cênicos, a apresentação tem ainda recursos de audiodescrição e tradução em libras.
Linguagem lúdica
Nesta quinta-feira (14), pela manhã, foi a vez da turma do 1º e 2º ano de alunos da Escola Classe Gesner Teixeira, do Gama. O projeto oferece ônibus para levar estudantes gratuitamente para um passeio cultural no local onde serão realizadas as apresentações. As crianças cantaram, brincaram e interagiram com os artistas.
O diretor do espetáculo, Marco Augusto de Rezende, explica que a filosofia do projeto é inspirar outras pessoas com deficiência a buscarem seus sonhos, bem como trazer ensinamentos importantes desde a infância.
“A gente usou o acesso ao céu com a temática da acessibilidade. O céu é um lugar bom para todo mundo, e todo mundo tem que ter acesso. Assim como espaços culturais e todos os outros bons locais. Essa é a filosofia do nosso projeto, as pessoas têm que ter acesso a tudo que é bom, o direito de ir e vir, de participar”, defende.
O espetáculo também é aberto ao público. Ana Paula Almeida, 29 anos, levou a filha Alice, de 3, para assistir ao espetáculo na manhã desta quinta-feira (14), junto aos estudantes.
“Eu achei a apresentação muito interessante, porque esse é um tema que às vezes passa despercebido por nós, pais. É importante ensiná-los sobre como as pessoas com deficiência também estão inseridas no mundo. É também fundamental que elas aprendam a se comportar, a tratar as pessoas com respeito”, avalia.
Fomento do GDF
O Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Distrito Federal é um instrumento de fomento às atividades artísticas e culturais da Secretaria de Cultura do DF, que oferece apoio financeiro. Os projetos são selecionados a partir de editais públicos.
Para se candidatar, é necessário fazer um cadastro no EAC (Cadastro de Ente e Agente Cultural), aberto a pessoas físicas e jurídicas. Para saber mais sobre a documentação necessária, acesse este site.
Veja todas as informações no site da Secretaria de Cultura do DF.